quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Resumo pra prova de recuperação de filosofia

Resumo de filosofia

FICHA 1 - diferenciando senso comum, ciência e atitude filosófica


Senso comum:
Ao perguntar “que horas são” ou “que dia é hoje”, estamos acreditando que o tempo existe, que ele passa, que pode ser medido em horas e dias, que o que já passou é diferente do agora e o que virá também será diferente deste momento, etc. assim, uma simples pergunta contém, silenciosamente, várias crenças. São crenças, pois são idéias em que acreditamos sem questionar, que aceitamos porque são óbvias, evidentes. Crenças e certezas como esta, formam o senso comum de nossa sociedade, transmitido de geração em geração, e que, muitas vezes, se transforma em uma crença inquestionável. Sendo assim, senso comum são falsas certezas, convicções sem a base de um conhecimento racional ou de uma adequada compreensão. Uma das características principais do sendo comum é basear-se no que está aparente, como as coisas parecem ser.

Ciência:
A ciência se diferencia do senso comum, pois se baseia em pesquisas, investigações metódicas, tentando descobrir a verdade sobre a realidade. A ciência é um conhecimento que é resultado de um trabalho racional. A ciência desconfia das certezas, da aceitação imediata das coisas, do senso comum, e busca explicá-las.

Atitude filosófica:
Quando mudamos de atitude em relação ao mundo, quando começamos a fazer perguntas mais ousadas e profundas, quando começamos a desconfiar do senso comum, podemos dizer que estamos adotando uma atitude filosófica. A filosofia também chega a questionar a própria ciência. A filosofia adota uma postura crítica em relação ao que vemos e ouvimos, buscando sempre pensar com a própria cabeça. Essa mudança de atitude diante do mundo, buscando explicações e questionamentos sobre as coisas que vemos, ouvimos e pensamos é a base do desejo do saber, ou seja, é a base de uma atitude filosófica.

FICHA 3 - trabalho: liberdade, submissão e alienação


Trabalho é toda atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir determinado objetivo. Nesse sentido o trabalho é uma atividade tipicamente humana, pois implica a existência de um projeto mental que modela uma conduta a ser desenvolvida para se alcançar um objetivo. Ou seja, o que distingue o trabalho de um tecelão do de uma aranha, é que o tecelão projeta mentalmente a construção antes de realiza-la, ele realiza no material o projeto que trazia em sua consciência.

O trabalho através da história:
No decorrer da história, foram muitas as maneiras de organizar o trabalho. A primeira divisão do trabalho se organizou de acordo com os sexos (homens: caçar, guerrear, proteção do grupo / mulheres: trabalhos domésticos, cuidar dos filhos), porém também de acordo com a força física de cada individuo. Depois de um tempo, com as sociedades se tornando nômades, a criação de animais e a agricultura fez com que alguns grupos obedecem mais do que o necessário para sua subsistência, possibilitando a troca de produtos com seus vizinhos. Isso representou a exploração clara do homem sobre o homem. Assim, foram definidos, durante a história, quem seriam os exploradores e os explorados. Durante a antiguidade, passou a se considerar o trabalho intelectual como digno, enquanto o manual, a força bruta, foi desvalorizada, pois pouco se distanciava da força animal.
Mas para que serve o trabalho?
  • Em seu aspecto individual, o trabalho pode permitir que ao homem expandir suas energias, desenvolver sua criatividade e realizar suas potencialidades. Pelo trabalho o ser humano é capaz de mudar a realidade sociocultural e, ao mesmo tempo, a si próprio. Ou seja, trabalhando podemos mudar o mundo e a nós mesmos.
  • Em seu aspecto social, isto é, o esforço conjunto dos membros de uma comunidade, o trabalho teria como objetivos a manutenção da vida e satisfação da vida e o desenvolvimento da sociedade.

Sendo assim, o trabalho deveria promover a realização da pessoa, a edificação da cultura e a solidariedade entre os seres humanos. Ocorre que, o trabalho está perdendo seu poder libertador. Como isso acontece?
Ao longo da história, com o aparecimento da dominação de uma classe social sobre a outra, p trabalho foi desviado de sua função positiva. Foi utilizado para o enriquecimento de alguns. Ou seja, em vez de instrumento de realização, se tornou instrumento de alienação.


Trabalho: Liberdade, submissão e alienação


Entendemos por trabalho, toda atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir determinado objetivo.
Nesse sentido, trabalho é uma atividade tipicamente humana, pois implica a existência de um projeto mental que modela uma conduta a ser desenvolvida para se alcançar um objetivo. O que distingue o pior dos arquitetos da melhor das aranhas, é que ele projeta mentalmente a construção antes de realiza-la. Sendo assim, o trabalho exige, além do esforço físico dos órgãos que trabalham, uma atenção e o controle das operações durante o tempo de trabalho.

O homem através da história


            A primeira divisão do trabalho se deu entre os sexos. Caçar guerrear, garantir a proteção do grupo eram reservados aos homens, enquanto cuidar das crianças, tarefas domésticas, etc eram reservadas às mulheres. Além disso levava-se em conta a idade e a força física do individuo.
            Com o desenvolvimento da agricultura, as comunidades se tornaram sedentárias, e com isso foram capazes de produzir mais alimentos do que o necessário, possibilitando a troca de produtos com as aldeias vizinhas. Porém isso também representou a possibilidade clara de exploração do homem sobre o homem. Sendo assim, ao longo da história, foram delineados os contornos que definiriam quem seriam os exploradores e os explorados.

A função do trabalho:

Mas para que serve o trabalho? Podemos analisar essa pergunta em dois aspectos:
  • Individual: permite ao homem expandir suas energias, desenvolver sua criatividade e realizar suas potencialidades.
  • Social: o trabalho teria como objetivo a manutenção e satisfação da vida e o desenvolvimento da sociedade.

Essa é a função positiva e ideal do trabalho. Acontece que o trabalho anda perdendo esse seu poder libertador. Como isso aconteceu?
Ao longo da história, com a dominação de uma classe social sobre a outra, o trabalho foi desviado de sua função positiva. Em vez de servir ao bem comum, foi utilizado para o enriquecimento de alguns, se transformando em instrumento de alienação.
Etimologicamente, a palavra trabalho vem do latim tripalium, nome de um instrumento de tortura.

Entendo o conceito de alienação:

            Alienação significa tornar-se alheio à alguém, pertencer a um outro, ser submetido ou explorado, se sentir inferior ou obediente a uma figura maior. Enfim, tem dimensão de perda.
O termo alienação tinha sido usado primeiramente por Hegel para designar o processo pelo qual os indivíduos colocam suas potencialidades nos objetos por eles criados. Hegel faz uma interpretação otimista do “senhor e do escravo”. O filósofo se refere a dois homens que lutam entre si e um deles sai vencedor, que submete o vencido, criando a relação de senhor e servo. Depois disso, o servo faz tudo para o senhor, mas com o tempo, o senhor descobre que não sabe fazer mais nada, é dependente do escravo. Sendo assim, o escravo, aprendendo a vencer a natureza recupera sua liberdade. O trabalho surge então como a expressão da liberdade reconquistada.
Marx critica a visão hegeliana, o objeto produzido pelo trabalhador não mais lhe pertence, o trabalhador não escolhe seu salário, seu horário, seu ritmo e passa a ser controlado de fora, por forças estranhas a ele.
A ação sóciopolítica e histórica chama-se Práxis. O desconhecimento da Práxis, leva os homens a atribuir a um outro (divindades, forças da natureza) aquilo que, na verdade, foi produzido pela sua própria ação. O que caracteriza a alienação social é o desconhecimento da práxis.

A divisão social do trabalho na história

Na luta pela sobrevivência, seres humanos dividem tarefas entre homens, mulheres e crianças. Criando a primeira instituição social: a Família. As famílias trabalham e trocam produtos entre si, surgindo o comércio. Algumas famílias, com mais astúcia, ou com uma colheita melhor, conseguem produzir mais que outras, podendo trocar mais e se tornando mais RICAS. As muito pobres, não tendo conseguido produzir tanto, vêem-se obrigadas a trabalhar para as mais ricas para sua sobrevivência. Surge o trabalho servil.



Trabalho alienado:

            A alienação afeta milhões de pessoas nas sociedades contemporâneas, onde a produção econômica transformou-se no objetivo imposto às pessoas, em vez da pessoas ser o objetivo da produção.
            Esse processo intensificou-se com a revolução industrial com a criação do Taylorismo. Um método de produção que divide tarefas entre os trabalhadores, fazendo cada um realizar uma pequena parcela do produto final. A principal consequência do taylorismo é que a fragmentação do trabalho conduz à uma fragmentação do saber, pois o trabalhador deixa de saber como se produzir o produto inteiro. O taylorismo acaba com o envolvimento efetivo, deixando o trabalho frio e monótono.
            Ao executar a rotina do trabalho alienado, o trabalhador se submete a um sistema de exploração que não lhe permite desfrutar financeiramente dos benefícios de sua própria atividade. O trabalhador não mais se realiza em seu trabalho, permanecendo no loocal de trabalho com uma sensação de sofrimento, de bloqueio de suas energia físicas e mentais. Sendo assim, o trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga. Enquanto no trabalho permanece aborrecido.
            Atingido pela alienação, o homem perde contato com sua individualidade, transformando-se em mercadoria, em coisa que precisa alcançar sucesso no mercado das personalidades. As relações sociais também foram seriamente afetadas. Cada um vê os outros segundo valores estabelecidos pelo Mercado das Personalidades.

Mais-valia
Questão central da teoria de Karl Marx, o conceito de mais-valia indica a relação entre o sobretrabalho e trabalho necessário, isto é, o valor excedente. A força de trabalho, ao ser consumida, produz mais valor do que seu próprio valor de troca. A criação da mais-valia decorre de uma relação social de produção da sociedade burguesa.
Poder:
            A palavra poder vem do latim potere, que significa posse. Refere-se basicamente à capacidade, força ou recurso para se produzir certos efeitos. Com base no sentido etimológico da palavra, podemos definir poder como a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados.
            O fenômeno do poder costuma ser dividido em duas categorias: o poder do homem sobre a natureza e o poder do homem sobre outros homens. Freqüentemente, essas duas categorias de poder estão juntas e se complementam. Se levarmos em conta o meio do qual o indivíduo se serve para conseguir os efeitos desejados, encontraremos três formas básicas de poder social:
·         Poder econômico à se utiliza da posse de certos bens socialmente necessários para induzir aqueles que não os possuem a adotar determinados comportamentos ou realizar determinado trabalho.
·         Poder ideológico à se utiliza da posse de certas idéias, valores e doutrinas para influenciar a conduta clheia, induzindo as pessoas a determinados modos de pensar e agir.
·         Poder político à se utiliza da posse dos meios de coerção social, ou seja, do uso da força física legal através do exército e da polícia.
            O que essas três formas de poder têm em comum? Elas contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos, de acordo com o poder político; ricos e pobres, de acordo com o poder econômico; e sábios e ignorantes, de acordo com o poder ideológico. Genericamente, em superiores e inferiores.
·         O poder econômico preocupa-se em garantir o domínio das riquezas controlando a organização das forças produtivas (tipo de produção e mercado consumidor).
·         O poder ideológico preocupa-se em garantir o domínio sobre o saber controlando a organização do consenso social (meios de comunicação em massa).
·         O poder político preocupa-se em garantir o domínio da força institucional e jurídica controlando os instrumentos de coerção social (forças armadas, polícia).
O poder político é o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados. Só o uso do poder político, ou seja, da força física, Server, em casos, extremos, para impedir a insubordinação ou desobediência dos subordinados. E nos conflitos entre dois ou mais grupos, em termos econômicos ou ideológicos, o instrumento decisivo na imposição da vontade é a guerra, que consiste no recurso extremo do poder político.
Violência:
A violência é definida como a intervenção física de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, com a finalidade de destruir, ofender ou coagir. A violência pode ser:
·         Direta à quando atinge de maneira imediata o corpo da vítima.
·         Indireta à quando opera através de uma alteração no ambiente físico no qual a vítima se encontra.
Enquanto o poder muda a vontade do outro, a violência muda o estado do corpo e de suas possibilidade ambientais e instrumentais. A violência pode ser empregada como um meio para exercer o poder ou para aumentar o próprio poder no futuro. Há uma distinção entre violência em ato e ameaça de violência e que, muitas vezes, a necessidade de utilizar meios violentos para alterar o comportamento do outro é uma demonstração da falência do poder.
Consumo e Consumismo:

Consumo – uso ou compra de elementos necessários à sobrevivência
Consumismo – marca da sociedade de consumidores, caracterizada pelo desperdício e excesso. Nessa sociedade, o consumo se torna a razão da existência, o “ter” substitui o “ser”. Propaganda e marketing como poder econômico e ideológico.

Ócio:

É um tempo de reflexão e pensamento, dedicado à contemplação e teoria. É tempo de atividade prática, não se assemelhando à idéia de “não fazer nada”. Possui um fim em si mesmo, não devendo, necessariamente, produzir algo a partir da atividade.
Ao longo do tempo, houve metamorfoses no conceito do ócio: as sociedades antigas valorizavam o ócio enquanto atividade produtiva e não inércia. Já as sociedades capitalistas foram fundadas na condenação do ócio (negócio) e no trabalho.
Na Grécia antiga, o ócio era mais valorizado que o trabalho enquanto atividade contemplativa e reflexiva, voltada para o desenvolvimento de pensamento e às conquistas de espírito. Ócio significa prática e virtude para os gregos. A vida ociosa e livre era a única considerada digna pelos gregos, o que só era possível graças ao trabalho escravo.
No caos entre necessidades econômicas e existenciais, o homem contemporâneo fica dividido entre atividades laborais e o desejo de libertar-se delas e usufruir de tempo para si. Sendo assim, surge o tempo livre, o tempo disponível para atividades sem necessidade externa que toma a forma do lazer hoje. Este acaba sendo dominado pelo consumismo, transformando momentos de possível ócio em consumo e entretenimento. O lazer, então, se apresenta como a versão moderna do ócio transformando-se, assim, no negócio, o ócio negativo, que é marcado pela passividade e alienação, sendo um reflexo da imprecisão conceitual.
 Com o ritmo do mundo moderno ocorre a sobreposição de diferentes tempos: tempo de trabalho mistura-se ao de lazer, da família, do amor. Isso é chamado de pressa febril da vida moderna.

Desejo, Necessidade e Vontade:
Necessidade – algo que você realmente precisa para suprir uma falta, que pode ser vital ou socialmente criada.
Desejo – é a determinação do homem de transitar de uma perfeição menor para uma perfeição maior, ou seja, de atingir uma alegria / felicidade.
Vontade - é a capacidade do homem de tomar uma posição frente ao que lhe aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo, afirmá-lo ou negá-lo

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