quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Resumo de recuperação de geografia, ta muito grande

Resumo de Geografia (prova)

- CAPÍTULO 1 -

A capacidade do ser humano de modificar a natureza à sua volta, transformando a paisagem e criando o espaço geográfico, aumentou gradativamente no decorrer de sua existência. O aprimoramento de técnicas levou a humanidade a ter maior domínio sobre a natureza, permitindo-lhe explorar mais intensamente os recursos naturais existentes no planeta. Hoje em dia, poucos lugares não sofreram alterações provocadas pelo homem e continuam praticamente intocados. Portanto, em virtude desse reduzido número de lugares com tais características, dizemos que as interferências da sociedade na superfície terrestre alcançam escala planetária.
Nos últimos séculos, a humanidade presenciou um notável desenvolvimento das técnicas produtivas, decorrente das descobertas em diversos campos de conhecimento. Disso resultou um grande número de invenções, ocorrendo importantes avanços tecnológicos.

O papel das tecnologias e a primeira revolução industrial:

O progresso da ciência proporcionou avanços tecnológicos que interferiram radicalmente na maneira de produzir mercadorias. Essa intensa transformação do processo produtiva ficou conhecida como revolução industrial. A primeira revolução industrial foi um período marcado por invenções e descobertas científicas revolucionárias, que tiveram aplicação direta nas atividades industriais e nos meios de transporte. A primeira revolução industrial criou condições para a consolidação do capitalismo na Europa e nos estados unidos. Isso porque as novas tecnologias criadas eram apropriadas pelos capitalistas, donos das fábricas, e investidas na atividade industrial. Nas sociedades capitalistas, o objetivo dos donos das fábricas, é gerar cada vez mais lucro. Assim, o emprego de tecnologia na atividade industrial, desencadeou a produção de mercadorias em larga escala, gerando lucros na mesma proporção. A ampliação da produção e os crescentes lucros proveram também ta exploração da força de trabalho dos empregados. No capitalismo, o trabalhador não é dono dos meios de produção, apesar de ser ele quem produz o produto. Ou seja, os meios de produção pertencem ao capitalista, para quem o trabalhador vende sua força física e mental em troca de um salário.

A segunda revolução industrial:

Com a expansão da atividade industrial, muitas empresas passaram a investir na descoberta de novos métodos de produção e de máquinas mais sofisticadas, tendo em vista o aumento contínuo da produtividade e de seus lucros. Dessa forma, o conhecimento e as pesquisas científicas ganharam mais importância, sendo colocados, de forma crescente, a serviço do desenvolvimento industrial. A segunda revolução industrial tem como característica, sobretudo, o uso do petróleo como fonte de energia e do aço de alta resistência na metalurgia, pela invenção de motores a combustão movidos a óleo diesel e, ainda, pelo aproveitamento em grande escala de força hidráulica para a geração de energia elétrica. Essas inovações tecnológicas possibilitaram a expansão e a diversificação da produção do setor industrial. Nessa fase, o modelo de desenvolvimento apoiou-se principalmente nas industrias de grande porte , como siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, automobilísticas e de transporte ferroviário e naval. Durante a segunda revolução industrial, o espaço geográfico dos países passou por diversas modificações: a população urbana superou a população do campo, o campo se modernizou através dos novos instrumentos de trabalho produzidos pelas fábricas, o espaço entre as cidades e o campo ficou intercalado por uma rede cada vez maior de ferrovias e rodovias, a demanda por matéria prima cresceu (levando as metrópoles a explorarem cada vez mais suas colônias). A circulação crescente de mercadorias e de informações permitiu maior integração entre as regiões do planeta, viabilizada tanto pelo desenvolvimento dos meios de transporte, quanto pela invenção de novos meios de comunicação, como o rádio, o telefone e o telégrafo.

A terceira revolução industrial:

Na terceira revolução industrial, houve a aplicação quase imediata de das descobertas cientificas no processo produtivo. Esse fato proporcionou a ascensão das atividades de produção em que se emprega alta tecnologia. Tais atividades despontam, atualmente, como os setores mais dinâmicos da economia mundial. São exemplos desses setores a informática, a microeletrônica, a robótica, as telecomunicações, a industria aeroespacial e a biotecnologia. O processo de desenvolvimento tecnológico torna a economia mundial cada vez mais dinâmica. Os setores de telecomunicação e de transportes tornam o espaço geográfico mundial cada vez mais interligado. O transporte em massa de pessoas e mercadorias por navios e aviões de grande porte tornou muito mais intensos os negócios empresariais e o comércio internacional. Dessa forma, as grandes distâncias deixaram de construir obstáculos para uma integração mais efetiva entre as nações. Criaram-se, assim, as condições necessárias para a expansão do capitalismo em nível planetário. Esse processo industrial foi decisivo para consolidar a globalização. Ela tem servido para integrar ainda mais o espaço geográfico mundial, intensificando as relações  econômicas e culturais entre os mais diferentes países.

- CAPÍTULO 2 -

As empresas multinacionais impulsionam o intenso fluxo de informações, mercadorias, capitais e pessoas entre os lugares do mundo. As multinacionais são empresas que, por meio de filiais, desenvolvem atividades em muitos países, possuindo uma filial geralmente no país de origem. É importante sabermos que a maioria dessas multinacionais é originária de países desenvolvidos.

A expansão das multinacionais:

A partir da metade do século XX, várias multinacionais começaram a transferir parte de suas atividades para vários, principalmente aquele de industria menos desenvolvida. Desse modo surgiu uma nova divisão internacional do trabalho (DIT), e o processo de produção industrial em larga escala deixou de ser exclusivo dos países mais ricos, passando a ser desenvolvido em países até então com economia voltada para a produção e exportação de gêneros primários. Assim, as multinacionais procuraram se instalar em países subdesenvolvidos que oferecessem mais vantagens econômicas. Entre elas, destacam-se: mão-de-obra barata, recursos naturais, matéria-prima e terras em abundância e a baixos custos, legislações trabalhistas e ambientais pouco rígidas, e amplo mercado consumidor. Desse modo, o tipo de produção dos parques manufatureiros (como siderúrgica, petroquímica, etc) vem sido instalada em países subdesenvolvidos, pois não é necessário mão-de-obra qualificada, enquanto as industrias nos setores de tecnologia avançada vem sendo reservadas aos países desenvolvidos, onde a mão-de-obra é bem qualificada.

A fragmentação do processo produtivo das multinacionais:

No início do processo de expansão das multinacionais, as filiais das industrias implantadas em países estrangeiros desenvolviam basicamente todas as etapas da produção no mesmo lugar. Porém nas ultimas décadas, a busca por custos mais baixos e de maior produtividade, fez com que muitas multinacionais dividissem as etapas de produção e montagem das mercadorias entre suas filiais espalhadas pelo mundo ou a fabricá-las em parceria com outras empresas. Essa fragmentação do processo produtivo só foi possível graças ao aprimoramento de novas tecnologias na terceira revolução industrial, quando surgiram os novos meios de transporte em massa e a comunicação em tempo real. Sendo assim, as multinacionais conduzem suas estratégias de produção como se não existissem fronteiras entre as nações; por isso, as multinacionais também são chamadas de transnacionais.

As multinacionais e o comércio mundial:

As multinacionais foram as principais desencadeadoras do crescimento do comércio em nível mundial e são responsáveis, atualmente, por cerca de 33% do valor de tudo o que é comercializado entre os países. Muito dessas operações tem sido possíveis graças a queda das barreiras fiscais em diversos países. Ou seja, o governo de muitas nações vem diminuindo ou anulando os impostos sobre as mercadorias importadas ou exportadas de multinacionais em seus territórios. Todos esses fatores fizeram algumas multinacionais obterem acima do PIB de alguns países.

Os fluxos de mercadorias e pessoas:

A viabilização das trocas comerciais e do deslocamento de pessoas em grande escala entre os países só foi possível graças à criação de meios de transporte em massa. Os transportes rodoviários e ferroviários são os mais responsáveis pelo fluxo de pessoas e mercadorias no interior dos países e continentes. A expansão das rodovias e estradas de ferro caracteriza o desenvolvimento de uma infraestrutura que busca aumentar a rede de distribuição de produtos e de circulação de pessoas. Assim, por meio dessa infraestrutura, é possível a ocupação de novas áreas a fim de viabilizar a extração de matérias-primas naturais e o desenvolvimento de atividades agropecuárias.




Os fluxos marítimos internacionais:

Atualmente, o transporte marítimo é o mais representativo no que diz respeito ao fluxo de mercadorias entre os países, sendo responsáveis por 80% das cargas transportadas em todo o mundo. O desenvolvimento de navios cargueiros capazes de carregar milhares de toneladas de matérias primas e de bens industrializados em uma única viagem, diminuiu os custos de transporte intercontinental. Dessa forma, a expressiva diminuição dos custos de transporte marítimo, possibilitou que as empresas pudessem ser instaladas distantes das fontes de matérias primas e dos mercados consumidores de seus produtos.

Os fluxos de informações e capitais:

O funcionamento de aparelhos e recursos como as estações de rádio e televisão, as centrais telefônicas e os satélites permitem que os fluxos de informação circulem rapidamente entre os países. É também por meio de redes de comunicação que circulam grande fluxo de capitais nas transações financeiras entre os países, movimentando bilhões de dólares todos os dias.

Os fluxos e as cidades globais:

Grandes cidades começaram a desempenhar a função de grandes centros articuladores de fluxos, ou seja, centros de convergência e dispersão da maior parte dos fluxos em nível mundial. Essas são as chamadas cidades globais ou metrópoles mundiais. As metrópoles mundiais destacam-se como espaços da globalização por abrigar sedes administrativas ou filiais de corporações multinacionais, de grandes bancos, seguradoras e de transportes, bem como as principais bolsas de valores do mundo. assim, essas cidades são centros de decisões econômicas e financeiras mundiais.

- CAPÍTULO 3-

a expansão dos meios de transporte e comunicação também possibilitou maior mobilidade à população do planeta. As migrações, hoje em dia, ocorrem de maneira muito mais intensa. Cerca de 190 milhões de pessoas residam fora de seus países de origem; esses deslocamentos populacionais em que as pessoas atravessam as fronteiras políticas de seus países de origem para se estabelecer no exterior, chama-se migrações internacionais. Esses fluxos estão diretamente relacionados tanto aos fatores de atração presente nos países de imigração que apresentam melhores condições de vida, quanto aos fatores de repulsão, que atuam nos países de emigração, afetados por crises econômicas, guerras, revoluções, conflitos étnico-religiosos, etc. além disso, os fluxos internacionais dependem da política de imigração adotada pelos países.

Migrações internacionais de trabalhadores:

Os fluxos populacionais mais expressivos são formados por migrações de trabalhadores. De maneira geral, esses trabalhadores migram de países subdesenvolvidos, onde há crises econômicas, para os países desenvolvidos, que oferecem melhores condições de vida e perspectiva de salários mais elevados. Uma das principais características dos fluxos internacionais de trabalhadores, nas últimas décadas, está relacionada às facilidades que os migrantes têm para se deslocar. Por isso, em sua grande maioria, os trabalhadores tendem a regressar ao país de origem após determinado período. Em geral, isso ocorre depois que eles economizam certa quantia em dinheiro e enviam-na para seus familiares na terra-natal. Atualmente, essa remessa de dinheiro enviada pelos migrantes em todo o mundo constitui o segundo maior fluxo de divisas, inferior apenas à operações ligadas a comercio mundial de petróleo.

O Brasil no contexto das migrações internacionais de trabalhadores:

O Brasil está inserido no contexto de migrações internacionais de trabalhadores com movimentos tanto de emigração como de imigração. O deslocamento de brasileiros para o exterior tem sido motivado por dificuldades financeiras e falta de perspectivas econômicas internas. Porém muitos desses emigrantes não conseguem vistos de permanência  no país de destino, o que os leva a viver clandestinamente, correndo o risco de ser presos pelas autoridades locais. Em contrapartida, o Brasil tem acolhido imigrantes de diversas origens, porém muitas dessas pessoas residem no país de maneira ilegal, o que torna difícil precisar  o número desses trabalhadores. Esses imigrantes destacam-se de origem sul-americana e asiática, que chegam à procura de trabalho ou mesmo com a intenção de abrir um negócio próprio. Outra característica da imigração no Brasil, é a entrada de profissionais mais qualificados, vindos dos estados unidos e Europa para trabalhar em empresas multinacionais.

Fluxos de refugiados:

Os fluxos de refugiados estão expressivos na atualidade. Os refugiados são aqueles indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou ética, e são obrigados a deixar o local em que vivem e se refugiarem em regiões em que se sintam seguros. De maneira geral, a maior parte dos fluxos de refugiados tem origem de países de desenvolvimento muito baixo, geralmente controlados por governo ditatoriais ou de democracias pouco consolidadas, e também em países que enfrentam guerras internas ou com nações vizinhas. Em várias dessas regiões são freqüentes as violações aos direitos humanos de determinadas parcelas da população, na forma de perseguição política, torturas e extermínio étnico e cultural. Ainda existem os refugiados ambientais, que foram obrigados a deixar seus lugares de origem em razão de problemas ambientais, como desmatamentos, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares.

Fluxos turísticos:

Os fluxos turísticos são motivados pela busca do lazer, por lugares que oferecem cultura, diversão ou belezas naturais. Nas últimas décadas o turismo cresceu consideravelmente, tendo como principal causa a ascensão da industria do turismo. A utilização do conceito de industria baseia-se na ideia de comercialização de viagens em grande escala. Para tanto, tornou-se necessária a associação de vários segmentos do setor de serviços em torno desse objetivo. Surgiram assim, os pacotes de viagens, o que diminuiu bastante os custos. Porém, mesmo que as viagens turísticas estejam mais baratas, esse lazer é restrito a uma pequena parcela da população mundial. O turismo está se tornando muito importante para diversos países, pois gera milhões de empregos diretos e indiretos e fatura trilhões de dólares anualmente no mundo todo.

Migrações e transformações das paisagens e do espaço geográfico:

Os fluxos migratórios internacionais podem gerar muitas transformações na paisagem e no espaço geográfico. No caso dos fluxos internacionais de trabalhadores, os migrantes tem como destino as grandes cidades dos países desenvolvidos, e procuram se instalar nos bairros onde já se encontram seus compatriotas. Desse modo, algumas áreas urbanas transformam-se em redutos estrangeiros, que procuram manter seus laços culturais mesmo vivendo em outra realidade. As migrações de refugiados ambientais também ocasionam transformações nas paisagens de alguns lugares. Existem casos em que esses fluxos são tão intensos que a evasão populacional pode deixar cidades completamente abandonadas. Em relação aos fluxos turísticos, as transformações das paisagens estão associadas à construção de infraestrutura necessária para receber os visitantes, o que acarreta alterações nas paisagens.

- CAPÍTULO 4 -

o avanço do capitalismo vem acompanhado de importantes inovações tecnológicas, o que leva a um aumento crescente da produção. Todavia, esse aumento da produção é motivado pela expansão do consumo. Assim, o consumo torna-se uma parte fundamental do processo de expansão do capitalismo, na medida em que se coloca como condição determinante para a acumulação. É justamente essa acumulação que garante os novos avanços tecnológicos, permitindo a fabricação de produtos mais modernos e avançados, que reaquecem o próprio consumo. Diante disso, podemos afirmar que vivemos em uma sociedade de consumo, onde somos estimulados a consumir uma infinidade de produtos, as vezes só pelo prazer de compra-los.

Consumo e consumismo:

O consumismo se caracteriza pelo consumo cada vez mais exagerado de produtos que se adquire e, também pela compra de produtos que satisfazem nossas necessidades secundárias, ou seja, que não são essenciais para nossa subsistência. No consumismo, há apelo constante à substituição de produtos com pouco tempo de uso. A todo instante o mercado recebe produtos mais modernos e avançados tecnologicamente, fazendo com que os outros produtos fiquem ultrapassados. Outros são fabricados para terem uma vida útil cada vez menor, o que obriga sua rápida substituição. Dessa forma, o consumismo contribui para a utilização cada vez mais intensa de recursos naturais, o que acelera o ritmo de degradação do planeta. Esse problema é agravado pelo uso crescente de produtos descartáveis, que muitas vezes não passam por um processo apropriado de reciclagem, abarrotando os lixões e aterros sanitários nos centros urbanos.
A sociedade de consumo e a degradação do meio-ambiente:

Com o crescimento da sociedade de consumo, as atividades econômicas tornaram-se muito mais intensas, gerando diversos problemas na natureza. Para atender o grande aumento da produção, foi preciso explorar uma quantidade cada vez maior de recursos. Desse modo a natureza passou a ser vista apenas como fonte de matéria-prima, o que provocou um intenso processo de degradação ambiental.

Consumo e degradação ambiental: diferença entre ricos e pobres


Dados estatísticos comprovam que a maior parte da poluição gerada no planeta, assim como a intensa exploração de recursos naturais, é causada pelo alto nível de consumo de apenas 15% da população mundial. Grande parte dessa população encontra-se nos países desenvolvidos. Enquanto em muitos países subdesenvolvidos, 41% da população não tem acesso nem à água potável e outros recursos fundamentais para a sobrevivência.

Problemas ambientais: responsabilidade de todos os países:

Os países desenvolvidos consomem mais recursos, por isso, eles são responsáveis pela maior parte dos problemas ambientais existentes na atualidade. Mesmo assim, não é correto afirmar que os problemas ambientais são causados apenas por países desenvolvidos, pois ainda que os subdesenvolvidos apresentem nível de consumo bem mais reduzido, não se pode dizer que eles não causam prejuízos para o meio-ambiente. Nesses países existe grande devastação dos ecossistemas, erosão do solo e desertificação. Na verdade, a questão da preservação da natureza não tem sido tratada como prioritária nos países subdesenvolvidos, pois alegam ter falta de recursos para problemas mais sérios como pobreza, fome, saúde e educação. Sendo assim, dizem que podem adotar legislações ambientais pouco rígidas para o crescimento econômico.

- CAPÍTULO 5 -

O pensamento dominante na sociedade capitalista tornou-se profundamente marcado por uma ideia equivocada de desenvolvimento, caracterizada pela oposição entre o ser humano e a natureza. Nessa perspectiva, a natureza tem o papel exclusivo de prover recursos. Desse modo, a humanidade preocupa-se apenas em utilizar os recursos da natureza, não se importando com as conseqüências desse ato para o meio-ambiente. Sendo assim, atualmente, vem ocorrendo diversos problemas ambientais. Diante dessa realidade, parece ter se perdido a noção de que o homem, apesar da capacidade de transformar o espaço geográfico, faz parte integrada da natureza e depende dela para sua sobrevivência.

A revolução verde e a fome no mundo:

A partir da segunda metade do século XX, vários países do mundo implantaram a revolução verde, que visava o aumento da produção de alimentos. Essa revolução caracterizou-se pela modernização do campo, principalmente por meio da introdução de novas técnicas de cultivo, tais como: uso intensivo de agrotóxicos no combate às pragas, aplicação de adubos e fertilizantes para a recuperação dos solos, emprego de máquinas e implementos agrícolas e a utilização de sementes selecionadas mais resistentes e produtivas. Mesmo com tudo isso, cerca de um terço da população sofre com carência alimentar. Isso ocorre pois grande parte da produção nos países subdesenvolvidos, destina-se ao abastecimento dos países desenvolvidos e não à população que necessita de maior oferta de alimentos. Além de não resolver os problemas da fome, a revolução verde resultou em diversos problemas ambientais, como a substituição de grandes florestas pó monoculturas; a fragilização dos solos, em decorrência do uso de máquinas pesadas; e a contaminação dos solos e das águas em razão do emprego de agrotóxicos.

Em busca de um desenvolvimento sustentável:

Atualmente, vem ocorrendo importantes eventos ambientalistas internacionais que comprovam a preocupação da humanidade com as questões ambientais. Após longas discussões, a ONU decidiu que a preservação da natureza dependerá de um desenvolvimento sustentável. Entende-se por desenvolvimento sustentável, o modelo de desenvolvimento econômico que busca atender às necessidades da sociedade sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras. As discussões concluíram que deve-se elaborar leis ambientais mais rigorosas e a garantia de sua aplicação. O setor empresarial, por sua vez, deve-se empenhar no desenvolvimento de tecnologias que não agridam o meio ambiente. Além disso, as empresas devem empregar métodos de produção compatíveis com a conservação da natureza.

A participação do cidadão no desenvolvimento sustentável:

A participação individual constitui uma das condições fundamentais para o alcance do desenvolvimento sustentável. Por isso, torna-se necessário a revisão de vários comportamentos, sobretudo em relação ao consumo, de modo que se possa estabelecer um novo modelo de sociedade. Todos os cidadãos devem participar desse processo de mudanças. Para isso, é necessário adotar uma postura ativa. Ao ser atuante, todo cidadão porá em prática o lema de uma sociedade sustentável: pensar globalmente, agir localmente.

-CAPÍTULO 6 – GRAND FINALE!

A globalização se caracteriza pelo empobrecimento da maioria da população, paralelamente ao enriquecimento de uma minoria. Essa situação afeta principalmente os países subdesenvolvidos, onde a maioria da população convive com a falta de hospitais, moradias e trabalho, entre outros problemas.

A globalização e as disparidades econômicas:

Ao aumentar a concentração da renda, o processo de globalização elevou as desigualdades econômicas entre os países. Um exemplo disso é que a participação atual dos países subdesenvolvidos na economia mundial apresenta-se muito abaixo do que era a alguns anos atrás. Isso ocorreu porque, com a globalização, ocorreu a abertura dos mercados, o que levou as empresas subdesenvolvidas a concorrerem diretamente com empresas de países desenvolvidos, levando muitas à falência. Os efeitos dessa abertura econômica também repercutiram sobre o endividamento dos países subdesenvolvidos. Conforme as tarifas alfandegárias foram sendo eliminadas, as importações cresceram exageradamente, provocando sérios desequilíbrios na balança comercial desses países. Assim, muitos países passaram a contrair novos empréstimos internacionais para saldar suas dívidas. Além disso, como as transnacionais são sediadas em países ricos, provocou uma participação ainda maior deles na economia mundial.

Domínio tecnológico e subdesenvolvimento:

Outra característica marcante do processo de globalização é o aumento das disparidades tecnológicas entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Isso se deve ao fato de os países desenvolvidos terem um nível tecnológico elevado, fazendo com a exportação de seus produtos seja altamente valorizada, tendo maior captação de recursos financeiros e, assim, utilizando esses recursos em grandes investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia, o que causa o desenvolvimento de novas tecnologias, continuando, assim, o ciclo. Já nos países subdesenvolvidos, o nível tecnológico é baixo, sendo assim os seus produtos exportados são pouco valorizados, fazendo com que haja menor captação de recursos financeiros, gerando baixo investimento em pesquisa, ciência e tecnologia e, por fim, gerando uma incapacidade de gerar novas tecnologias, fazendo com que o ciclo continue.

Globalização e exclusão:

Da mesma forma que o processo da globalização proporciona a integração cada vez mais efetiva do espaço mundial, acirra mais ainda as diferenças entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. As decisões políticas globais, por exemplo, geralmente são estabelecidas de acordo com os interesses dos países desenvolvidos.


Estados Unidos: a história em seu favor:

As colônias que deram origem aos estados unidos despertaram pouco interesse nos ingleses, pois não podiam ser cultivados gêneros agrícolas tropicais e não havia jazidas de metais preciosos. Sendo assim, a ocupação da região atendeu às necessidades das colônias, desenvolvendo a manufatura e a agricultura.
            Esse desenvolvimento propiciou o crescimento do mercado interno, acelerando a expansão das manufaturas, do comércio e das primeiras casas bancárias. A ampliação dessas atividades permitiu uma acumulação de capital que passou a ser investida nas primeiras fábricas, impulsionando o desenvolvimento do país.


As guerras mundiais na economia norte-americana:

O crescimento da economia norte-americana foi favorecido por dois importantes acontecimentos: a primeira e a segunda guerra mundial, pois como esses conflitos ocorreram predominantemente na Europa, os países europeus foram arrasados. Favorecidos por estar geograficamente longe, os EUA não sofreram o mesmo impacto. Ao final da guerra, países europeus estavam muito enfraquecidos, a escassez de produtos os fizeram recorrer às importações dos estados unidos, acelerando a economia norte-americana. Sendo assim, os EUA se tornaram um dos maiores credores mundiais, afirmando sua hegemonia econômica.
Sendo assim, foi-se criado o Plano Marshall: emprestimos norte-americanos para um plano de reconstrução econômica da Europa. Para o capitalismo é fundamental o equilíbrio economico das nações por conta da necessidade de expansão de consumo.
Além disso, o país entrou no final das duas guerras assumindo um papel decisivo para seus desfechos, ganhando vantagens nos acordos de paz que sucederam os conflitos.
Ao término da segunda guerra foi realizado a Conferencia de Bretton Woods, que tinha como objetivo planejar a estabilização da economia mundial, profundamente abalada pela guerra. Teve como diretrizes:
  • Dólar foi definido como moeda mundial, sendo usado nas relações de comércio exteriores.
  • Foi definido a distribuição dos investimentos e as metas do indices economicos.
  • Criação dos pincipais organismos internacionais:
à FMI (Fundo Monetário Internacional)– reserva de dinheiro utilizada para socorrer países em crises financeiras.
à BIRD (Banco Mundial) – empresta dinheiro para financiar projetos que vibilizem o desenvolvimento dos países.
à OMC – fiscaliza as trocas comerciais internacionais, atuando no controle das taxas e impostos alfandegários.
Esses organismos vem servindo para consolidar ainda mais a supremacia política e econômica dos Estados Unidos no mundo.


A expansão das multinacionais e do comércio norte americano:

A partir do século XX, grandes empresas passaram a atuar em diversos países. Ao ampliar sua participação no mercado mundial, as multinacionais norte americanas dominaram ainda mais o processo de acumulação de capital, aumentando o poder norte-americano e intensificando seu crescimento econômico. Ao mesmo tempo, o país se tornou o gerador dos maiores fluxos de mercadorias, com um gigantesco número de importações e exportações, correspondendo com cerca de 12% do total mundial.

A influência dos Estados Unidos na economia, na cultura e na geopolítica mundial:

Os EUA tem grande poder de influência sobre o mercado financeiro mundial. Essa influência se manifesta por meio do grande poder político sobre os organismos financeiros internacionais; prova disso é que muitas medidas adotadas pelo FMI são determinadas pelos EUA. Além disso, os estados unidos praticam uma política econômica externa protecionista, interferindo no comércio, não permitindo a entrada de determinados produtos em seu mercado interno e estabelecendo barreirsa alfandegárias no comércio com certos países, a fim de impedir que setores de sua economia enfrentem a concorrência externa. O país também aplica sansões econômicas e embargos comerciais com países que contrariam seus interesses políticos.

A Invasão cultiral norte-americana:

A difusão da cultura norte-americana ocorreu principalmente por meio dos veículos de comunicação em massa: emissoras de rádio, estúdios de cinema, redes de televisão, que espalham e disseminam a cultura norte-americana nos mais diversos países.
            Além disso, a influência da cultura norte-americana se consolidou com a implantação de multinacionais em todos os continentes. Ao se expansir, essas empresas passaram a produzir o mesmo tipo de mercadoria e pretar os mesmos tipos de serviços, influenciando os hábitos alimentares, as roupas, a língua, etc.

A Guerra Fria:

A guerra fria foi uma época de grande tensão, onde o mundo ficou bipolarizado entre o capitalismo (EUA) e o socialismo (USSR). Essa rivalidade levou a disputas por áreas de influência, as duas potências buscavam expandir seu sistema político-economico para outros países. Não houve guerra fomal, porém vários momentos de tensão e conflitos indiretos (como a guerra do Vietnã, guerra da Coréia, etc). Também teve uma corrida armamentista sem precedentes na história, com uma busca pela criação de armas cada vez mais poderosas, principalmente atômicas.
            Na guerra fria foi definida:
  • A Doutrina Truman - uma política de contenção dos avanços da união soviética pelo mundo. A base central da doutrina foi a declaração de apoio as nações aliadas dos EUA: quem atacasse uma dessas nações declarava guerra com os EUA. A doutrina Truman incentivou uma série de guerras e a criação da OTAN.
  • Resolução de Tomkin – garantia poder irrestrito ao presidente dos EUA em época de guerra.

Doutrina Bush:

            Foi um conjunto de princípios estabelecidos por Bush depois do atentado de 11 de setembro, formalizando uma nova política externa.
Tinha como objetivos:
·         a luta contra o terrorismo
·         a ratificação da hegemonia norte-americana.
Pressupostos:
·         Os EUA são a única superpotência global e tem o dever de proteger o mundo civilizado na luta contra o terror
·         Os EUA defendem a ideia de liberdade, progresso e democracia.
Ações:
·         Ataque preventivo à atacar um país de maneira defensiva, antes de ser atacado; de acordo com Bush a única maneira de lidar com o terror, pois eles tem como a principal arma, o ataque surpresa.
·         Cobrança de posicionamento à os EUA obrigaram os países a se posicionarem na guerra contra o terror: “ou estão conosco, ou estão contra nós”, formando assim a definição de países inimigos (eixo do mal).
·         Contenção do arsenal militar no mundo à os Eua não permitem que um país comece a multiplicar o seu poder bélico, ninguém poderá se equiparar ao arsenal norte-americano.

Características da atual política externa norte-americana:

  • Ações unilaterais: as ações dos EUA são realizadas a partir de seus próprios interesses, sem contar com a opinião do resto do mundo, desconsiderando as decisões da própria ONU.
  • Busca pela manutenção de sua hegemonia mundial: o país não mede esforços para proteger seus interesses em qualquer parte do mundo.
  • Garantir seu suprimento energético: os EUA são, em disparada, o maior consumidor de petróleo do mundo. por precisar de muito petróleo ele o adquire, mesmo de maneira muito agressiva.
  • Combate ao terrorismo: os EUA estão se empenhando na luta contra o terror e o fim da produção de armas nucleares.
Porque os EUA podem tomar uma atitude como essa?
  • Ele é tão forte que acaba constrangendo outros países a tomarem uma atitude contra ele.
  • É o fundador dos principais organismos internacionais.
  • Não existe algum tipo de tribunal que puna países.

Estados Unidos: Uma potencia militar:

            Não existe nação no mundo com tanta presença em conflito e arsenal bélico no mundo. nem sempre foi assim, antes da  segunda guerra mundial, os EUA tinham um exército do tamanho do da Romênia. A grande virada do país está relacionada com a guerra fria.   
  • Os EUA utilizam 5% de seu PIB na área militar, correspondendo a 45% do que o mundo inteiro gasta com defesa.
  • 1% da população norte-americana ativa está no exército.
  • Possuem 800 bases militares ao redor do mundo

EUA e a questão ambiental:

O modelo de desenvolvimento norte-americano procura aumentar a produção industrial e os níveis de consumo, para acumular lucro e crescer economicamente. Este desenvolvimento é incompatível com a preservação do meio ambiente. O país é o maior produtor de produtos industriais e o maior consumidor de energia do planeta. Além disso, o país não esteve comprometido com a preservação do meio ambiente, sem assinar os principais acordos internacionais.

Declínio econômico dos Estados Unidos:

Nas próximas décadas os EUA deixaram de ser a maior economia mundial, perdendo a liderança para a China, esse fato resulta de uma retração econômica. Nos Últimos 40 anos, a liderança norte-americana se viu ameaçada pela forte concorrência de países como Japão, os Tigres Asiáticos e Alemanha, pois esses países conseguiram ampliar de forma significativa sua participação no mercado mundial, devido à investimentos no desenvolvimento tecnológico, aplicando-os nas industrias e resultando um aumento de produtividade.
            Sendo assim, com a concorrência externa, os EUA acabam absorvendo um número cada vez maior de produtos importados, gerando déficit.

------------------             CAPÍTULO 9                        ------------------

A atividade industrial nos estados unidos:

Os EUA respondem cerca de 23% da produção industrial mundial, fato que demonstra a sua supremacia economica. Essa produção é gerada pelo maior e mais diversificado complexo industrial do mundo. essas industrais, por sua vez, tem-se mostrado fundamentais para o desenvolvimento do país, uma vez que esse setor dinamiza toda a economia, estimulando o crescimento das atividades agrárias, do comércio e dos serviços. O avanço tecnológico no setor industrial norte-americano, amplamente dominado pela robotização das linhas de produção, explica o baixo indice dos trabalhadores empregados nesse setor.

Recursos energéticos e mineraus: da abundância à dependência:
Um dos fatores que permitem os estados unidos suprir o elevado consumo energético e mineral de seu parque industrial é a riqueza  natural de seu território. O subsolo norte-americano apresenta jazidas de  minerais e recursos energéticos fósseis
            Apesar de ocuparem a posição de maior produtor mundial, sua produção não é suficiente para abastecer seu mercado interno, tendo que recorrer à importações, sobretudo de petróleo. Essa situação piorou após a diminuição da produção petrolífera no país. Dois fatores colaboraram para isso:
  • Grandes empresas norte-americanas vem investindo na produção petrolífera em outros países, o que reduz os investimentos no próprio país
  • Por conta de suas grande reservas minerais, os Eua são os maiores produtores de minerais do mundo. Entretanto, a insuficiencia de alguns recursos faz com que os EUA sejam o maior importador de minerais do mundo.

A dinâmica da industria no espaço norte-americano:

A partir do século XVIII, os estados unidos passaram por uma fase de grande prosperidade econômica no nordeste, motivado pela expansão do mercado consumidor, a exploração de imensas jazidas de carvão e ferro e a construção das primeiras grandes siderúrgicas e metalúrgicas. Mais tarde, ainda houve a descoberta de petróleo. Sendo assim, o nordeste do país ficou conhecido como Manufacturing Belt.
            Contudo, nas últimas décadas, as grandes siderurgicas e montadoras de automóveis vêm atravessando uma forte crise, gerada por:
  • Produção de aço a custos mais baixos em países subdesenvolvidos
  • Forte concorrência de produtos japoneses europeus e dos tigres asiáticos
  • Envelhecimento do setor industrial
  • Encarecimento da mão-de-obra.
Diante disso, o nordeste dos estados unidos vem diminuindo sua participação na produção industrial norte-americana.
            Simultaneamente, as regiões sul e oeste passaram a atrair muitos investimentos, especialmente ligados ao desenvolvimento de industrais de alta tecnologia., como informática, telecomunicações, eletrônica, aeroespacial e química fina. Essa região passou a forma o Sun Belt.
O crescimento da atividade industrial nessa região foi impulsionado por:
·         A região oeste recebeu muitas industrias armamentistas e de aviação militar, que estão entre as mais avançadas tecnológicamente.
·         A região sul destacou-se pela desocberta e exploração de imensas jazidas de petróleo e pela proximidade com áreas industriais mexicanas.

A industria e a transformação do espaço agrário:

Os grandes avanços tecnológicos que marcaram o desenvolvimento da atividade industrial repercutiram diretamente na organização do seu espaço agrário, pois máquinas e implementos agrícolas passaram a ser empregados em grande escala na maioria das propriedades rurais, o que caracterizou um intenso processo de modernização e um ganho significtaivo de produtividade, aumentando a rentabilidade das terras.
            Outra característica importante no processo de modernização agrícola foi o surgimento da produção integrada, ou seja, a produção de animais e vegetais destinados ao abastecimento industrial. Sendo assim, industrias no setor alimentício passaram a fazer contratos com produtores rurais, garantindo matéria-prima (cereais, frutas, legumes, carnes, etc).
Assim, surgiram as chamadas Empresas Rurais, propriedades agrícolas caracterizadas pelo elevado nível tecnológico e por serem altamente capitalizadas e especializadas na produção de um determinado tipo de produto.
Além disso, desde a colonização a agricultura foi considerada uma atividade vital para o país. Atualmente, mesmo com a inovação tecnológica o país é o maior produtor agropecuáriod o mundo. a força da sua agricultura está vinculada com a idéia do “food is power”, que se beseia na garantia de uma agricultura independente como elemento estratégico. Para garantir essa segurança alimentar, o país pratica políticas de subsídios e protecionismo.

O aproveitamento do espaço agrpario norte-americano:

O elevado índice de aproveitamento das terras destinadas destinadas ao desenvolvimento das atividades agropecuárias, entre outros fatores, faz da produção norte-americana a maior do mundo. A agricultura e pecuária chegam a ocupar quase metade do território norte-americano.
            No que se refere à distribuição espacial da produção agropecuária, os EUA apresentam uma característica bastante peculiar: a especialização das regiões do país na produção de certos gêneros agrícolas. Cada região é conhecida como BELT. Entre os principais belts do espaço agrário, destacam-se o cotton belt (algodão), o corn belt (milho), o ranching belt (pecuária) e o dairy belt (laticínios). A localização dos belts varia de acordo com o clima, o relevo e a proximidade do mercado consumidor.

Modernização do campo, concentração fundiária e êxodo rural:

 A modernização das atividades agrícolas tiveram repercussões diretas na dinâmica demográfica do país. Com a incorporação de novas máquinas foi sendo substituída a utilização da mão-de-obra humana. Fazendo muitas pessoas migrarem para as regiões urbanas em busca de emprego. Além disso, muitos proprietários rurais não conseguiram promover a modernização de suas terras e, com isso, não conseguiram competir no mercado, falindo. Com isso, muitas propriedades foram vendidas à fazendeiros que já tinha propriedades com sucesso, originando o processo de concentração fundiária: poucos proprietários com largas terras.

Urbanização e dinâmica das cidades norte-americanas:

O processo de urbanização dos EUA teve características peculiares:
  • Elevada proporção de pessoas vivendo em pequenas e médias cidades, formando uma rede urbana bastante densa.
  •  Crescimento acelerado das maiores cidades, originando várias áreas metropolitanas
  • Grandes megalópoles no nordeste do país.
  • Cidades do oeste e sul crescendo em ritmo acelerado devido ao crescimento econômico do Sun Belt, atraindo muitos trabalhadores.

A rede urbana e a integração do território pelos transportes:

A existência de cidades espalhadas por todo o território junto com o crescimento econômico, estimulou a criação de uma extensa rede de transportes, promovendo uma integração efetiva no território norte-americano. Essa integração provocou um aumento crescente na circulação de mercadorias e de passageiros.
            Para possibilitar fluxos tão intensos, os EUA desenvolveu um dos sistemas de transporte mais complexos e eficientes do mundo.

A expansão dos problemas socio-econômicos nas grandes cidades norte-americanas:

Algumas medidas tomadas pelo governo, como a elevação de impostos e o corte de verbas destinadas à realização de obras sociais (saúde, educação, etc) causaram o empobrecimento de alguns segmentos da população ultimamente. Como consequência, hoje o número de pobres corresponde a 16% da população, formado principalmente por negros e imigrantes. Apesar do racismo ser proibido por lei em todo o país, anda sendo difícil eliminá-lo por completo. Com isso, os negros são extremamente marginalizados. Assim como os negros, os imigrantes sofrem rejeição no país. Por causa de sua condição econômica, os EUA atraem milhares de imigrantes de diversas. Nessa condição, vários imigrantes entram no país ilegalmente e ingressam em atividades de baixa qualificação.

EUA e a integração econômica:

Protecionismo à com o protecionismo alfandegário, países exportadores como Brasil acumulam perdas graças ao encarecimento de seus produtos. Existe na OMC, uma grande disputa entre alguns países emergentes e desenvolvidos pelo fim do protecionismo alfandegário, o nome dessa disputa é “RODADA DE DOHA”.

Alca à os EUA lideram o movimento pela criação do acordo de livre comércio das Américas (alca), um bloco estritamente econômico que prevê a integração comercial das Américas, com a implantação de trocas comerciais livres de impostos. Alguns países como o Brasil, querem adiar a criação da ALCA, acreditando que a industria norte-americana sufocaria às demais. Outros países pertencentes à ALBA são politicamente contra os EUA.

Cap. 12 – questões políticas, ideológicas e populacionais na Europa Desenvolvida.


Com base nas diferenças econômicas da Europa, podemos regionalizar o seu território em:

·         Europa desenvolvida: países com renda per capita anual elevada, são nações capitalistas ricas, altamente industrializadas, cuja população usufrui de um elevado padrão de vida. Desenvolvida.
·         Países ex-socialistas: países com renda per capita anual mais baixa.

Com base nas diferenças políticas e ideológicas, podemos regionalizar o seu território em:

·         Europa Ocidental: países capitalistas, ajustados aos interesses norte-americanos.
·         Europa Oriental ou Leste Europeu: países socialistas sob a tutela soviética.


Europa desenvolvida: uma região densamente despovoada:

A Europa Desenvolvida é uma das regiões mais populosas e povoadas do mundo. A distribuição da população é bastante irregular. As maiores densidades demográficas encontram-se  nas grande aglomerações urbano-industriais, enquanto as menores densidades demográficas se encontram nas regiões frias e montanhosas dos Alpes e no norte da península Escandinava. Os fatores naturais configuram-se como elementos limitadores para o povoamento mais efetivo dessas áreas.

Diferentes povos e culturas na Europa Desenvolvida:

O continente europeu abriga grande diversidade de povos. Na Europa desenvolvida, grande parte da população é composta de católicos romanos e uma parcela de protestantes. Com relação à língua, existem países onde é falado mais de um idioma.
A língua se destaca como um elemento cultural formador de nacionalidades, pois cria identidades e fortalece as relações entre as pessoas. É por meio dela que são transmitidas as tradições de um povo.
A língua também tem sido um elemento cultural importante para a preservação das tradições de povos que constituem grupos minoritários no interior de determinados países europeus. Essas minorias não possuem soberania sobre o território em que habitam, pois vivem sob o governo de grupos nacionais majoritários, sem ter perdido sua identidade cultural, formada pelo passado histórico comum.

Os movimentos nacionalistas:

                Movimentos nacionalistas são movimentos de minorias nacionais que reivindicam autonomia política parcial ou independência total nos territórios em que habitam. Os participantes desses movimentos têm como objetivo maior liberdade de expressar sua cultura, mais desenvolvimento econômico e melhor qualidade de vida. Muitos desses grupos acreditam que a região que eles habitam é desassistida pelo governo.  Sendo assim, os integrantes desses movimentos realizam manifestações e atos políticos buscando sensibilizar a população.
                Em alguns lugares, o sentimento nacionalista é tão exacerbado, que é organizado atos terroristas a fim de atingir seus objetivos políticos. Entre esses grupos estão:
·         Exército republicano irlandês (IRA): reivindica a anexação da Irlanda do norte à república da Irlanda.
·         A Pátria Basca e Liberdade (ETA): luta pela soberania do país Basco, dividido entre a Espanha e a França.
·         Frente Nacional Corsa de Libertação (FNCL): que deseja a independência da ilha da Córsega, hoje parte do território francês

Estrutura etária e qualidade de vida da população:

A proporção reduzida de jovens na Europa Desenvolvida é uma característica ligada à baixa taxa de natalidade. O intenso processo de industrialização e urbanização do continente europeu, provocou mudanças no comportamento social, sobretudo no que se refere à procriação. A melhoria no acesso aos métodos contraceptivos, o custo de vida urbano elevado, maior conscientização e planejamento familiar e a entrada da mulher no mercado de trabalho levaram muitas famílias a optar por um número reduzido de filhos, fato que resultou na redução das taxas de natalidade e do número médio de filhos por mulher nessa região.

A elevada proporção de adultos e idosos:

O elevado número de idosos é resultado do vertiginoso aumento da expectativa de vida da população nos países europeus desenvolvidos, que saltou de 66 anos para 78 no final da década de 90. Esse aumento de longevidade da população foi proporcionado, sobretudo, pelo modelo de sociedade adotado por esses países, que privilegia a melhoria na qualidade de vida de seus habitantes, ou seja, a distribuição mais igualitária da renda e o acesso pleno aos serviços de saúde, educação e cultura.
Alguns fatores contribuíram para a concretização desse modelo nos países europeus desenvolvidos:
·         O elevado índice de urbanização que proporciona às diversas camadas da população maior acesso aos serviços se saúde pública.
·         Com a atuação efetiva de sindicatos e outras organizações civis, houve a conquista de melhor remuneração e melhor participação da classe trabalhadora no lucro das empresas, tornando mais equitativa a distribuição de renda.
·         A adoção da política de bem-estar social por parte de vários Estados Europeus, tem garantindo aos cidadãos educação e o direito ao seguro-desemprego e à aposentadoria uma elevada qualidade de vida.

Porém, o crescimento da população idosa e as baixas taxas de natalidade vêm preocupando o governo desses países. Isso porque  um maior número de idosos significa maiores gastos com aposentadoria e recolhimento de impostos, necessitando de mais impostos. Outra consequência é a diminuição da população economicamente ativa (PEA), gerando carência de mão de obra. Isso leva os governos a estimular a entrada de mão de obra estrangeira em seus países.

Os imigrantes na Europa Desenvolvida:

A diminuição da PEA nos países europeus gera de manda por mão de obra estrangeira, o que estimula o fluxo de estrangeiros para esses países.
Os trabalhadores imigrantes buscam novas oportunidades de trabalho e melhores condições de vida nos países europeus. A maioria dos imigrantes supre a demanda  por mão de obra em atividades de baixa qualificação. Porém há uma minoria que assume cargos técnicos e científicos em universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas.

Xenofobia e racismo:

Até o final da década de 80, muitos países europeus absorveram, sem muitas restrições as correntes migratórias de países subdesenvolvidos. Durante a década de 90, várias transformações econômicas ligadas ao processo de globalização, como a abertura dos mercados, aumentou o índice de desemprego. Desse modo, o aumento do número da taxa de desemprego fez crescer as reações contrárias à imigração, pois a população passou a associar a falta de emprego ao grande número de trabalhadores estrangeiros.
                A partir de então, intensificaram-se os movimentos de grupos xenófobos que se apóiam em doutrinas racistas, os quais reprimiam a presença de estrangeiros além de exigir do governo que eles sejam repatriados. Essa pressão política tem levado o governo de vários países a restringir a entrada de imigrantes. Contudo esse controle acaba estimulando o crescimento da imigração clandestina e o tráfico de trabalhadores. Ao entrar ilegalmente, vários imigrantes se envolvem com crimes como o tráfico de drogas e a prostituição.


Cap. 13 – a organização do espaço geográfico europeu:

O espaço geográfico europeu é caracterizado pela existência de paisagens intensamente humanizadas. Essas modificações estão relacionadas ao expressivo desenvolvimento econômico, onde a acumulação de capital gerou as condições necessárias para o domínio de tecnologias cada vez mais avançadas. Isso proporcionou uma crescente interferência da sociedade sobre o meio natural.
A expansão da atividade industrial gerou muitas transformações nas áreas urbanas européias, originando imensas aglomerações e aumentando a presença das fábricas nas paisagens. O desenvolvimento industrial também provocou muitas transformações no espaço rural. As atividades agrárias absorveram os recursos técnicos produzidos nas industrias, o que resultou numa imensa modernização do campo.



A indústria na Europa desenvolvida:

Os países da Europa desenvolvida apresentam um setor secundário extremamente diversificado e evoluído. Por isso, o parque industrial nesses países caracteriza-se pela existência de industrias de base, de industrias tradicionais e também de industrias de alta tecnologia.
                Alguns países da Europa desenvolvida, como Portugal, Espanha e Grécia, tiveram industrialização relativamente tardia, o que explica o fato de apresentarem um setor secundário menos evoluído comparado ao das outras nações desenvolvidas do continente. No entanto, a maioria dos países europeus apresenta disparidades pouco acentuadas no aspecto industrial.

Industria e recursos energéticos:

                A partir do final do século XIX, o petróleo também passou a ser utilizado como importante fonte de energia, suprindo grande parte da demanda energética. Além de gerar energia nas usinas termoelétricas, esse recurso se tornou essencial para o desenvolvimento do setor de transportes. Dessa vasta aplicabilidade, o petróleo passou a ser considerado uma fonte de energia imprescindível para manter funcionando os grandes parques industriais europeus.
                Contudo, o carvão e o petróleo não foram suficientes para suprir a demanda energética, levando os países a investir em outras formas de geração de energia, como as usinas hidrelétricas e nucleares.

Indústria, energia e questão ambiental:

                A atividade industrial nos países desenvolvidos da Europa exigiu a utilização crescente de energia. Como grande parte dessa energia provém da queima de combustíveis fósseis, as indústrias daqueles países tem sido responsáveis por uma grande parcela dos gases poluentes lançados na atmosfera, como o dióxido de carbono. Esses poluentes provocam uma série de problemas ambientais.
                Os países da Europa desenvolvida enfrentam problemas ambientais como a chuva ácida e o lixo nuclear. Em razão da intensificação desses problemas surgiu naqueles países uma forte consciência ecológica. Essas idéias ganharam forte apoio da opinião pública.

Indústria e urbanização na Europa desenvolvida:

A população da maioria dos países desenvolvidos na Europa é predominantemente urbana. Isso se deve ao intenso processo de industrialização iniciado no século XVIII. Com o avanço da industrialização, as fábricas passaram a atrair grande número de trabalhadores rurais, fazendo aumentar rapidamente a população urbana. Ao mesmo tempo, as industrias produziam instrumentos agrícolas cada vez mais elaborados, propiciando a modernização das propriedades rurais e, conseqüentemente, a dispensa da mão-de-obra no campo.
                Sendo assim, a partir do século XIX, quase toda a Europa passou por um intenso êxodo rural responsável pelo crescimento acelerado dos maiores centros urbanos, principalmente daqueles onde prevalecia a atividade industrial. Após esse período, o processo de êxodo rural se estagnou. Hoje, muitos desses países parecem ter alcançado o limite máximo de urbanização, com a população urbana acima de 80% do total. Ao mesmo tempo, países como Portugal e Grécia tem uma taxa de urbanização bem inferior, correspondente a menos de 60% do total.

Uma densa e complexa rede urbana:

O intenso processo de urbanização originou uma rede urbana bastante densa e complexa. Com a concentração das cidades, o espaço europeu tornou-se bastante articulado, havendo um crescente intercâmbio comercial e político entre seus centros urbanos, pois eles concentram grande parte das atividades econômicas, sediando muitas empresas multinacionais, grandes bancos e importantes bolsas de valores. Essas cidades também desempenham um influente papel no cenário político internacional, pois em muitas delas localizam-se algumas das principais organizações supranacionais.
Outro aspecto da urbanização européia diz respeito às transformações provocadas na paisagem do continente. Nas regiões densamente povoadas, as aglomerações encontram-se tão próximas umas das outras que o espaço urbano se confunde com o rural, originando uma ocupação difusa, em que se torna difícil identificar os limites que separam o campo das cidades.

O espaço agrário na Europa desenvolvida:

                A expressiva industrialização ocorrida na Europa desenvolvida modificou o espaço agrário. Utilizando as novas tecnologias geradas no interior das fábricas, o campo passou por um intenso processo de modernização. Esse processo foi caracterizado pelo emprego crescente dos variados e avançados recursos, como tratores, fertilizantes, agrotóxicos, etc.
                A mecanização das propriedades rurais proporcionou uma significativa redução no número de trabalhadores no campo, o que explica o baixo índice da PEA no setor primário. Outro aspecto da modernização dos campo está ligado ao significativo aumento da produtividade das lavouras e das criações.

Política agrícola e desenvolvimento
Os principais fatores que garantem o sucesso da produção agrícola nesses países são os programas de apoio e incentivo oferecidos pelo governo, que visam a atender aos interesses de seus produtores rurais. O governo desses países também atuam no controle de preços como forma de proteger os produtores. Assim, para não enfrentar a concorrência dos países subdesenvolvidos, que normalmente oferecem gêneros agrícolas mais baratos, os europeus  elevam as taxas de importação cobradas sobre aqueles produtos. Além disso, os agricultores europeus exportam seus produtos abaixo do custo de produção, o governo se encarrega de cobrir os prejuízos.

O aproveitamento do espaço agrário:

O intenso aproveitamento dos solos ocorre em quase todos os países desenvolvidos na Europa. A exploração das áreas favoráveis à prática agrícola durante dezenas de séculos contribuiu para uma grande devastação da vegetação nativa do continente europeu. As poucas áreas que ainda restam preservadas são inviáveis às práticas agrícolas. Entre elas estão as dominadas pelo clima frio nas regiões nórdicas e o clima semiárido em certas partes da Espanha.

Os transportes no espaço europeu:

A Europa desenvolvida é dotada de uma extensa e bem organizada rede de transporte. Esse fato proporciona uma integração efetiva entre os territórios dos países, interligando-os por conjunto de vias de circulação. As metrópoles européias constituem os principais pontos de interseção da rede de transporte européia , que além de ser bastante abrangente, se caracteriza pela excelente qualidade.


Cap. 14 – A União Européia

Ao término da segunda guerra, a Europa estava arruinada, e grande parte de seu setor produtivo estava destruído. Aproveitando-se dessa situação, os EUA lançaram um projeto de reconstrução daqueles países, conhecido como plano Marshall. O maior objetivo do governo norte americano era consolidar sua influencia sobre aquela região, impedindo o avanço do socialismo soviético. A ajuda econômica norte-americana permitiu uma rápida recuperação dos países destruídos pela guerra.
 Contudo, o alívio causado pelo crescimento econômico decorrente do plano Marshall não eliminou o rancor existente entre os antigos inimigos de guerra. Essa situação poderia fazer renascer os nacionalismos que tinham originado o recém terminado conflito. A fim de impedir que as rivalidades se intensificassem, houve uma articulação política, sobretudo entre franceses e alemães, para criar projetos que permitissem a integração econômica e social desses países. Desde então, os acordos se estenderam a outras nações, culminando com a formação da atual União Européia.

·         1951 – Tratado de Paris, para a criação da Ceca (comunidade européia do carvão e do aço), que estabeleceu a livre circulação de carvão, ferro e aço entre os países-membros como forma de dinamizar o crescimento de respectivos parques industriais.
·         1951 – Tratado de Roma, que transformou a Ceca em CEE (comunidade econômica européia), assegurando a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais entre os países-membros.
·         1993 – Tratado de Maastricht, que substitui a denominação CEE por União Européia, aprofundando a integração entre os países-membros.

União Européia na busca pela hegemonia mundial:

                A União Européia constitui uma das principais potências do cenário econômico mundial. Essa posição decorre do fato de seu PIB representar cerca de 39% do total mundial.
Além de levar a Europa a uma condição de destaque no quadro econômico mundial, a consolidação da União Européia é responsável por uma nova configuração no panorama geopolítico.
O fortalecimento do bloco vem contribuindo para o estreitamento dos laços políticos entre os países-membros, condição fundamental para evitar a ocorrência de conflitos.



União Européia VS Estados Unidos:

                Nos últimos anos, a União Européia intensificou suas relações com países de fora do bloco, aumentando suas exportações e fortalecendo a valorização do euro, que passou a competir com o dólar como moeda de referência nas transações comerciais internacionais. Assim, o EUA tem perdido parte de sua hegemonia mundial estabelecida durante a guerra fria.
                Prevendo esse declínio, os EUA vem ampliando sua influencia sobre outras regiões do globo. Logo após o Tratado de Maastricht, os EUA criaram o Nafta (acordo de livre comercio da América do norte). O Nafta constituiu uma estratégia do governo norte-americano para estender os domínios econômicos do país e fazer frente ao fortalecimento do bloco europeu.
                Sendo assim, os EUA pretende manter seu poder de influência no mundo, visto que a União Européia está criando condições econômicas e políticas que lhe possibilitam concorrer com os EUA em escala planetária.

Os desafios econômicos e políticos da União Européia:

·         A desigualdade econômica entre os países membros.
·         Os países ex-socialistas devem passar por uma longa fase de adaptação e resolver seus problemas internos para sair da condição de periferia da Europa Desenvolvida
·         Os problemas de ordem política e social: a atuação de grupos terroristas separatistas e a ascensão ao poder de partidos xenófobos têm colocado em risco a democracia em alguns países da união européia.
·         O crescimento da taxa de desemprego e da pobreza entre os países-membros
·         A oposição da população e dos setores econômicos de alguns países a determinadas metas do tratado de Maastricht. O fim do protecionismo para as atividades agropecuárias vem revoltando os proprietários rurais, que sentem diminuição do apoio financeiro oferecido pelo governo e a concorrência com produtos estrangeiros.
·         A não adesão do euro por parte da Inglaterra e da Dinamarca, coloca em risco as metas do Tratado de Maastricht.
·         As exigências contidas no tratado de Maastricht que obrigam os países-membros a adotar certas medidas com o objetivo de diminuir o déficit público. Entre essas medidas estão cortes nos gastos com serviços sociais, como educação e saúde.

Cap. 15 – O fim da União Soviética e a nova geopolítica da região:

A Eurásia:

Do ponto de vista físico, as terras da Europa e da Ásia formam um território contínuo, por isso elas são consideradas um único continente, denominado Eurásia. No entanto, do ponto de vista histórico-cultural, a Europa e a Ásia são estudadas como continentes distintos dada a grande diferença entre seus povos. Sendo assim, a Europa e a Ásia foram regionalizadas em dois continentes distintos, separados por um limite natural, os montes Urais.

A revolução de 1917:

A partir da segunda metade do século XIX, a Rússia passou por um expressivo crescimento econômico. No entanto, esse crescimento econômico, impulsionado pelo intenso processo de industrialização, acentuou as desigualdades no interior da sociedade russa. De um lado, comerciantes e a aristocracia agrária enriqueciam cada vez mais; de outro, trabalhadores eram intensamente explorados, vivendo em condições precárias.
                Diante desse quadro, começou a crescer a insatisfação popular com a nobreza russa, criando várias assembléias e conselhos comunitários de trabalhadores, os chamados sovietes. Nas reuniões dos trabalhadores, discutia-se as idéias de  Karl Marx e Lênin, que propunham a construção de uma sociedade justa e igualitária.
                Com a entrada da Rússia na segunda guerra mundial, a condição de vida da população tornou-se ainda pior, levando os sovietes a ganhar destaque no cenário nacional. Em 1917, camponeses, operários e muitos soldados do exército realizaram um levante contra o governo czarista, dando início à revolução russa. Os bolcheviques, grupo político liderado por Lênin assumem o poder.

Fim da Revolução e a criação da URSS:

Os bolcheviques pretendiam implantar um modelo de sociedade que na qual não haveria diferenças sociais. Várias medidas importantes foram tomadas nessa direção, como a nacionalização de empresas e bancos e o confisco de terras para a realização de reforma agrária. Tais medidas provocaram violenta reação por parte dos políticos adversários. Criou-se então uma forte oposição que tentou derrubar o novo governo de várias formas.

Em uma das tentativas, a oposição contou com a ajuda de tropas inglesas, francesas, norte-americanas e japonesas que desembarcaram na Rússia para lutar contra o exército vermelho. Como conseqüência, houve a eclosão de uma sangrenta guerra civil que deixou saldo de milhões de mortos. Em 1922, o governo lenista ganha e é proclamada a URSS, formada pela Rússia e outras repúblicas ocupadas pelo exército vermelho.
Todavia, durante a revolução, o governo restringiu as liberdades políticas, reprimindo de maneira violenta qualquer manifestação de oposição. Além disso, instituiu o partido único PCUS. Desde então o PCUS passou a governar o pais de forma extremamente autoritária, desconsiderando até as reivindicações que levaram a população a apoiar a formação desse mesmo governo.

Socialização dos meios de produção e crescimento econômico da URSS:

                A implantação do socialismo provocou grandes mudanças econômicas na URSS. Durante a revolução, houve queda de quase 90% da produção industrial, contudo após esse período, sucederam vários anos de prosperidade econômica, com crescimento de 6% ao ano. Este impulso estava ligado ao modelo de desenvolvimento adotado com a planificação da economia, que consistia no controle do setor primário pelo Estado.
                Em relação ao campo, as terras foram coletivizadas. Tornando-se propriedade do estado. A exploração agrícola passou a ser realizada por meio de cooperativas, formadas por pequenos produtores e também fazendas coletivas. Com essas medidas o governo conseguiu um aumento da produção de alimentos e promoveu um desenvolvimento no campo.
                Com empresas e bancos estatizados, o estado priorizou a retomada da industrialização, investindo nas industrias de base. Além disso muitos recursos foram destinados à industria bélica. Por sua vez, as industrias de bens de consumo foram colocadas em segundo plano, o que mais tarde traria sérios problemas ao país.
                Sendo assim, os resultados da política industrial foram significativos, pois na década de 40, a URSS já ocupava posição de potência econômica, superada apenas pelos EUA e a Alemanha.

A URSS do pós-guerra à crise:

Ao término da Segunda Guerra Mundial, as tropas soviéticas ocupavam quase todo o leste europeu. A fim de consolidar a influencia sobre essas nações, os soviéticos realizaram uma forte pressão política para implantar o socialismo em todo o leste europeu.
                A expansão do socialismo na região passou a ser visto como ameaça aos interesses dos países capitalistas, principalmente os dos EUA. A disputa pela expansão de suas respectivas áreas de influência levou os EUA e a URSS a se oporem ideologicamente, dando origem a chamada Guerra Fria.
                Com a canalização de grandes investimentos na fabricação de armamentos durante a guerra fria e a produção de bens de consumo colocada em segundo plano, o crescimento da união soviética teve uma desaceleração. Tal situação resultou na insatisfação popular que já tinha se intensificado com os privilégios mantidos pelos altos funcionários do governo.
                Em 1989, manifestações populares derrubaram vários governos socialistas em países do Leste Europeu. No mesmo ano, a queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha indicavam que o socialismo soviético chegaria ao fim. Em 1991, a URSS foi desmembrada em 15 novos países.

O fim da URSS e o novo mapa geopolítico da região:

O colapso soviético provocou redefinições nas fronteiras dos países ex-socialistas da Europa e da Ásia, além de grandes mudanças na organização política e socioeconômica da região.
·         Leste Europeu à corresponde aos países da região oriental da Europa, os quais fizeram parte do bloco soviético.
·         CEI (Comunidade dos Estados Independentes) à corresponde a uma organização econômica criada por 12 países formados após a desagregação da URSS, que tinha como principal objetivo o fortalecimento das relações comerciais entre aqueles países.
·         Repúblicas bálticas à conjunto que abrange os 3 países banhados pelo mar Báltico, que se recusaram a aderir à CEI.

Cap. 16 – A organização do espaço geográfico na Rússia:

Regionalização:

·         Rússia ocidental à região mais desenvolvida economicamente , com uma concentração industrial e um celeiro agrícola. Área em sua maior parte com grande densidade demográfica, caracterizada pelos grandes centros urbanos.
·         Cáucaso à área menos desenvolvida que a Rússia ocidental, boa produção de petróleo e agropecuária, com produtos mais tropicais.
·         Sibéria à maioria do território russo, área de clima frio e polar, despovoado. É uma área de fronteira econômica, com grandes recursos econômicos.


Agricultura:

Ainda que tenha uma grande produção agrícola, a Rússia atualmente não consegue produzir toda a sua demanda, com uma redução crescente na sua participação agrícola mundial. A redução da força agrícola está relacionada a reforma agrícola socialista, que se preocupou em redistribuir as propriedades agrícolas sem modernizar a agricultura com máquinas e insumos.


Indústria:

Em relação a outras regiões, a industria da Rússia é desconcentrada, fruto da política da URSS que buscou distribuir as industrias ao redor de suas repúblicas. Uma exceção é Moscou e São Petersburgo que possuem uma quantidade maior de industrias diversificadas. Próximo aos montes Urais existem muitas industrias de base. A Rússia tenta atrair investimentos estrangeiros para modernizar seu setor secundário, especialmente o de bens de consumo.



Cap. 17 – Rússia: conflitos e desigualdades

            Mesmo com o desmembramento da União soviética, a Rússia ainda preserva parte de seu antigo poder econômico e militar, tornando-se o pólo articulador de um novo bloco de países, a CEI (Comunidade dos estados independentes). A Rússia é o país mais poderoso do bloco, sendo o principal centro de poder político e militar que se redesenhou naquela região.

O mosaico étnico e os desafios da unidade territorial:

                A Rússia pode ser considerada um dos países com a maior diversidade de etnias convivendo no interior de um território. 82% da população é russa, os outros 18% são compostos de cerca de 100 grupos étnicos diferentes. Boa parte desses povos vive nas chamadas repúblicas autônomas. Essas repúblicas correspondem aos antigos territórios habitados por esses povos e permanecem subordinados ao poder central da federação russa

Os movimentos separatistas e o poder central russo:

                Durante o regime soviético, a Rússia permaneceu unificada pela ditadura. Para garantir a estabilidade política nas repúblicas autônomas, o governo tornou obrigatório o aprendizado e o uso da língua russa, passou a estimular a migração de russos para grande parte daquelas repúblicas e drenou grande parte de suas riquezas.
                Atualmente, os russos étnicos representam o grupo populacional majoritário em diversas repúblicas. Na última década, porém, a unidade territorial da Rússia foi ameaçada pela insatisfação das minorias nacionais em relação à maneira como Moscou conduziu a política econômica do país. Durante esse período houve piora na condição socioeconômica da população.
                O descaso do poder central russo com essas questões tem gerado revolta e propiciado o surgimento de grupos nacionalistas que reivindicam a independência das repúblicas autônomas. Em algumas repúblicas esses grupos agem por meio de protestos, já em outras esses grupos praticam guerrilhas.

Rússia: potência militar mundial:

                Mesmo após o fim da Guerra Fria, a Rússia destaca-se no cenário geopolítico mundial como potência militar, com poderoso arsenal de armas nucleares. Grande parte do seu parque industrial continua voltado para a produção de armamentos e veículos militares, sendo responsável pelo fornecimento de 18% do material bélico comercializado no mundo. O controle de uma tecnologia espacial altamente desenvolvida, conseqüência da guerra fria, também contribuiu para a manutenção de seu status de grande potência.
                Paralelamente a tudo isso, alguns problemas internos ameaçam a manutenção do poder militar do país: o sucateamento de todo esse aparato tecnológico, a atual escassez de recursos financeiros para desenvolver novos projetos e o grande número de cientistas que migram para outros países por causa dos baixos salários.
                Outro grande problema é o desmantelamento do arsenal bélico do país. Nos últimos anos, parte desse arsenal foi roubado e comercializado por autoridades militares a mafiosos e terroristas.

Desafios para a Rússia no século XXI:

                Durante o regime socialista, a Rússia priorizou as relações comerciais e políticas com os demais países socialistas. Os russos mantinham relação hegemônica, interferindo nas questões de política interna e usufruindo do grande potencial natural e das produções agrícolas daquelas repúblicas.
                O colapso econômico soviético provocou um enfraquecimento nas relações com seus antigos parceiros comerciais, causando certo isolamento do país. No entanto, com a abertura econômica, após o fim do socialismo soviético, a Rússia  transformou-se em alvo de investidores estrangeiros, que desejavam explorar um novo e imenso mercado consumidor de 140 milhões de pessoas.
                Com a abertura de sua economia, a Rússia vem tentando assumir uma posição de destaque no mercado internacional, procurando estabelecer novos acordos comerciais.
                Contudo, a Rússia é uma nação com desafios enormes pela frente. No plano econômico, o país precisa superar a difícil transição para a economia capitalista que causou aumento do desemprego, queda da renda per capita e retração das atividades produtivas. No plano político, o país enfrenta o perigo de uma fragmentação política interna de se território em razão dos conflitos separatistas que eclodem nas repúblicas autônomas.

JAPÃO:

História econômica - Era Meiji

No final do século XIX, o Japão entrou na Era Meiji, onde passou por várias transformações políticas:
·         Fim do regime feudal e início da industrialização
·         Formação da unidade política, com a instalação de um governo regulador e desenvolvimentista.

Houve também um enorme desenvolvimento econômico:
·         Criação de ferrovias
·         Fundação de bancos e criação do iene
·         Reforma agrária, com o aumento do imposto rural.
·         Investimento maciço em educação.
·         Surgimento das Zaibatsus

Zaibatsus:
Os grandes clãs familiares que tinham origem feudal começaram a investir em várias pequenas industrias de setores diversificados, formando grandes conglomerados empresariais. Essas Zaibatsus começaram a dominar o sistema financeiro japonês, impulsionando o desenvolvimento econômico do país. Ex: Mitsubishi, Toyota, Yamaha.


História econômica – Segunda Guerra:

O crescimento econômico japonês, entretanto, esbarrou na escassez de matéria prima. A solução encontrada pelo Japão foi a expansão territorial com a formação de um império. Sendo assim, o Japão entra na segunda guerra, conquistando a coréia, Taiwan, parte da china e parte do Vietnã.

A expansão japonesa estava tendo grande sucesso até ele terem arriscado atacar a base Norte Americana de Pearl Harbor, no Havaí. Com essa invasão, os EUA entram na guerra e são responsáveis pela rendição do Japão, lançando duas bombas atômicas: uma em Hiroshima e outra em Nagasaki.

Após a rendição japonesa, é realizado o Tratado de São Francisco, que estabeleceu:
·         Indenização e dissolução do exército
·         Controle administrativo dos EUA no Japão até 1952.


História Econômica – Milagre Japonês:

Mais de seis décadas após o término da guerra, o Japão de encontra como a segunda maior potência econômica mundial. Essa posição deve-se à diversidade de seu parque industrial e ao fato de abrigar universidades e centros de pesquisa onde são desenvolvidas as mais avançadas tecnologias. Além disso a população japonesa usufrui de uma excelente qualidade de vida, com alta renda per capita, expectativa de vida e índice de IDH.

A conquista dessa prosperidade econômica e social foi viabilizada por recursos financeiros Norte Americanos:
·         Era uma forma de compensação pelos danos causados durante a guerra
·         Tinha a finalidade de impedir a expansão do socialismo soviético no extremo oriente. O Japão era visto como uma ilha capitalista num mar socialista.
Além dos investimentos norte americanos, a sociedade japonesa teve um papel importante nesse processo:
·         Mão de obra barata e abundante;
·         Longa jornada de trabalho;
·         Fidelidade dos trabalhadores à empresa: os japoneses são extremamente subordinados à hierarquia, às regras e à rotina de trabalho.
·         Grandes investimentos de empresas e do governo em educação e pesquisas científicas tecnológicas.

Com os investimentos norte americanos e a participação populacional, o governo japonês investiu em obras de infraestrutura e na instalação de industrias.

O principal objetivo do Japão era colocar no mercado internacional produtos com tecnologia moderna, alta qualidade e baixos preços. Essa política industrial foi essencial e estratégica para o país. O Japão, como grande importador de recursos minerais e energéticos fósseis, necessitava equilibrar o déficit na sua balança comercial. Os produtos com mais tecnologia eram a solução mais vantajosa, pois necessitavam de pouca matéria-prima, não possuíam grande concorrência internacional e possuíam maior valor agregado.

Essa política industrial encontrou um sistema de produção super adequado, o toyotismo:
·         Just in time à produtos que procuravam se adequar à preferência do consumidor (customização), com produção efetuada de acordo com a demanda e política de estímulo ao trabalhador.
·         Robotização à garantiu um aumento da produtividade.


O Japão e a dependência de recursos naturais estrangeiros:

Nas últimas décadas, o ritmo de desenvolvimento industrial do Japão gerou uma demanda crescente por matéria prima, a fim de abastecer as fábricas e gerar energia. Como seu território é pouco privilegiado em recursos minerais e energéticos fósseis, o Japão se tornou grande importador desses produtos.

Para manter o controle sobre as fontes de matéria prima localizadas em outros países, muitas empresas japonesas criaram grandes empreendimentos de exploração vegetal e mineral, sobretudo em nações subdesenvolvidas.

Buscando diminuir a dependência externa, o governo japonês construiu várias usinas nucleares, que são responsáveis por parte da eletricidade produzida no país. Os vulcões ativos também possibilitam a exploração da energia geotérmica, embora de maneira muito restrita.


Um complexo parque industrial:

As industrias japonesas encontram-se geralmente confinadas em estreitas faixas de terra entre as montanhas e o oceano. São pequenas áreas de planície, onde a declividade do terreno é pouco acentuada, permitindo a instalação de grandes industrias. Além disso, outro fato que possibilita a concentração de industrias no litoral é a proximidade que elas têm dos grandes portos japoneses, locais onde se desembarca matéria-prima e se embarca produtos manufaturados para exportação.

O acelerado crescimento japonês no período do pós-guerra tornou escassas as áreas de planície disponíveis para a expansão industrial. Sendo assim, tem sido feitos imensos aterros em áreas marítimas para serem ocupados por indústrias, centros empresariais e para a expansão de áreas portuárias.


Japão, grande exportador mundial:

A partir do final da década de 70, muitas Zaibatsus passaram a implantar filiais e subsidiárias em outras nações, principalmente em países subdesenvolvidos. O objetivo era conquistar novos mercados para seus produtos, bem como encontrar mão-de-obra mais barata, já que a japonesa estava se encarecendo.

Os investimentos das Zaibatsus destinados às pesquisas tecnológicas tem sido expressivos. Essas pesquisas são voltadas para o desenvolvimento de novos produtos para a racionalização e modernização do processo produtivo. Na maioria das multinacionais japonesas, as linhas de produção encontram-se totalmente informatizadas e robotizadas.

A robotização em massa aumentou a produtividade e diminuiu os custos de produção, tornando as mercadorias japonesas extremamente competitivas no mercado internacional.
Um país populoso e densamente povoado:

O Japão é um dos países mais densamente povoados do mundo. Esse índice apresenta-se bem maior nas grandes aglomerações urbanas. Hoje, cerca de 80% dos japoneses vivem na grande megalópole japonesa formada por Tóquio, Nagoya, Osaka, Kobe e Kyoto.

Transportes no Japão:
Os japoneses empregaram os mais avançados recursos tecnológicos para superar as barreiras físicas de seu território, com o relevo montanhoso e o litoral extremamente recortado. sendo assim, os técnicos japoneses construíram verdadeiras maravilhas no campo da engenharia. Todas essas obras são bastante resistentes a terremotos e maremotos, fenômenos freqüentes no país.


Agricultura e pesca intensivas:

O território montanhoso japonês impõe sérias limitações à expansão da atividade agrícola. Atualmente, apenas 14% do território japonês encontra-se disponível para o uso agropecuário. Com o objetivo de superar as limitações impostas pela natureza, o governo japonês vem auxiliando os agricultores no emprego de modernas tecnologias de cultivo. Para isso, o governo subsidia a compra de tratores, colheitadeiras, fertilizantes e agrotóxicos. Como resultado, obtem-se uma elevada produtividade média por hectare.

A privilegiada posição geográfica do Japão, que é banhado por duas correntes marítimas ricas em plâncton, proporciona uma pesca farta em praticamente todo o litoral. Os navios pesqueiros japoneses, os mais avançados tecnologicamente, também atuam nos mares gelados do ártico e da antártica.


Desafios para o Japão no século XXI:

O Japão anda atravessando uma grave crise relacionada à estagnação do crescimento econômico. Entre as principais causas dessa estagnação estão:
·         Enorme déficit público gerado pelos altos gastos com aposentadoria à Os gatos maciços com o setor social têm feito o governo investir menos no setor produtivo da economia.
·         Envelhecimento populacional à gerado pela diminuição da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida. Isso gera uma diminuição da PEA e uma carência de mão-de-obra.
·         Estagnação do consumo à intensificado pela própria tradição japonesa de se poupar o máximo para se precaver para o futuro.
·         Desemprego à com a estagnação do consumo, empresas começam a produzir menos e, conseqüentemente, a demitir funcionários em massa


TIGRES ASIÁTICOS:

Os Tigres Asiáticos são um conjunto de países que atingiram, a partir da década de 70, um imenso e rápido desenvolvimento econômico. Diferentemente de outros “novos países industrializados”, eles atingiram também um grande desenvolvimento social, com aumento do índice de IDH, investimentos em educação e aumento da qualidade de vida.

Tigres tradicionais: Singapura, Coréia do Sul, Taiwan e Hong Kong.
Novos tigres: Malásia, Tailândia, Indonésia, Filipinas e Vietnã.

O estado teve um papel importante para a rápida industrialização desses países:
·         Governos autoritários até a década de 90
·         Grande atuação sobre a economia
·         Atração de muito capital estrangeiro (EUA -> conter o socialismo)
·         Investimentos sociais para melhorar a distribuição de renda
·         Incentivos fiscais para atrair empresas estrangeiras.

Sua mão de obra foi também fundamental para esse processo:
·         Longas jornadas de trabalho
·         Mão de obra barata e qualificada
·         Rigidez e disciplina no trabalho
·         Férias reduzidas

Os tigres asiáticos têm destaque na produção de bens de consumo em um modelo de exportação. Por isso, eles são conhecidos como plataformas de exportação.


CHINA:


Socialismo de mercado:

Apesar de manter o socialismo como linha política e ideológica, a china fez uma transição econômica que abriu regiões do país e alguns setores da economia para o mercado capitalista mundial.

Política de “portas abertas”:
·         Introdução controlada de lucro nas empresas privadas
·         Permissão de salários diferenciados
·         Permissão para a entrada de capital e tecnologia estrangeira
·         Ampliação das trocas comerciais à atuação de empresas nacionais em outros países
·         Concessão de autonomia  às empresas estatais
·         Criação da bolsa de valores de Pequim
·         Criação das ZEE (zonas econômicas especiais) e maior abertura econômica dos portos.

Os objetivos dessa política foram:
·         Atração de investimento estrangeiro
·         Aumento dos níveis de consumo da população
·         Entrada de tecnologias modernas no país
·         Crescimento econômico

Zonas econômicas especiais (ZEE):
São zonas que possuem legislação que permite práticas capitalistas com objetivo de atrair empresas estrangeiras. Entre os motivos que levam a atração de investimento estrangeiro estão:
·         Cessão de terrenos
·         Imenso mercado consumidor
·         Mão de obra barata
·         Isenção de impostos
·         Moeda desvalorizada
·         Facilidade de remessa de capital para o exterior
·         Investimento estatal em infra-estrutura.

Estas vantagens conseguiram atrair milhares de empresas, que foram um dos maiores responsáveis pelo grande crescimento econômico da china.


China: um país, dois sistemas:

Se no plano de vista econômico o país amplia a adoção de práticas capitalistas, do ponto de vista político, o socialismo continua forte:
·         Extrema centralização do poder no partido comunista
·         Política estatal sob o comando do governo.
·         Governo autoritário
·         Ausência de liberdades individuais.
Desigualdade Regional:

Uma das conseqüências da política econômica chinesa foi o aumento dos contrastes regionais entre as planícies litorâneas (onde estão as ZEE) e o interior do país. Nas planícies litorâneas:
·         Concentra 37% da população, responsável por 80% dos investimentos externos.
·         Salários em média 3x maior
·         Maior qualidade de vida.


Aspecto demográfico:

O peso demográfico:

O crescimento demográfico é uma das maiores preocupações do governo. Para evitar uma pressão insustentável da população sobre os recursos, o governo chinês implementou uma política de controle de natalidade:

·         Política do Filho Único à O governo só permite um filho por família, caso contrário a família perde benefícios sociais, paga multas e corre risco de perder o emprego. Uma das conseqüências dessa política e o infanticídio, principalmente do sexo feminino, o que vem causando um desequilíbrio na proporção de homens e mulheres.
·         Esterilização à incentivada e até forçada
·         Incentivo e distribuição de métodos anticoncepcionais.


Desigual distribuição territorial e Desruralização:

Enquanto a parte sudeste do território chinês possui 90% da população, a parte oeste possui dois grandes desertos e uma baixa densidade demográfica.

A agricultura é uma atividade vital para a china, pois ela precisa fornecer alimentos para um enorme contingente de pessoas. Apenas 13% de seu território pode ser aproveitado.

Inicialmente, a agricultura era prioridade máxima do país. Entretanto, com a abertura econômica, a atividade perdeu força e milhões de pessoas vêm migrando para as grandes cidades da zona costeira. O estado tem medo do inchaço demasiado e vem tentando impedir as migrações internas.


Problemas ambientais:

·         Intensa emissão de CO2 à devido ao grande crescimento econômico e industrial e ao fato de possuir matriz energética baseada em combustíveis fósseis.
·         Mercado consumidor em franca expansão à os níveis de consumo da população estão aumentando. Cada pequeno aumento percentual representa um imenso contingente populacional. Como resultado, ocorre uma crescente produção de lixo.
·         Problemas no acesso e distribuição de água à devido à dificuldade no abastecimento de água, é feita a transposição de rios, obra que pode causar grande impacto ambiental.



























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