quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

recuperação de portugues

Resumo de Português (recuperação)

Tipos de sujeito:

Sujeito simples

Um sujeito simples sempre terá apenas um núcleo. Ex: as casas da vila foram reformadas.
  • O sujeito simples pode se subdividir em sujeito desinencial (oculto), ou seja, é aquele sujeito em que ele não está escrito na frase, já que fica subentendido pela desinência do verbo. Nesse caso o sujeito sempre será um pronome do caso reto. Ex: (nós) viajamos para a Europa.

Sujeito composto

 O sujeito composto terá mais de um núcleo. Ex: bois, vacas e bezerros andavam misturados. Ex2: Pedro e João vão a praia todos os dias.

Indeterminado

Em uma frase com sujeito indeterminado, você percebe que existe um sujeito que não pode ou não quer se identificar.
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:
  • Com o verbo de voz ativa, na terceira pessoa do plural, sem fazer referência a nenhum sujeito expresso.
  • Com o verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do índice de indeterminação do sujeito “se
Ex: roubaram o meu carro. Ex2: acredita-se em duendes

Inexistente:
Ocorre sujeito inexistente quando a informação dada pelo predicado não se refere a nenhum sujeito, ou seja, temos verbo impessoal. Os verbos impessoais são:
  • Os que indicam fenômenos da natureza (chover, ventar, anoitecer, relampejar, trovejar, nevar, etc). Ex: anoiteceu de repente. Ex2: começou a chover.
OBS: se o verbo que exprime fenômeno natural estiver empregado em sentido figurado, então haverá sujeito. Ex: choveram reclamações contra aquela empresa
  • Ser e estar indicando tempo ou clima. Ex: são 5 horas. Ex2: está frio
  • Fazer e haver indicando tempo transcorrido. Ex: faz dois anos que eu não vejo você. Ex2: há dois meses que eu não viajo para os estados unidos.
  • Haver no sentido de existir, ocorrer. Ex: há duas mesas na sala. Ex2: no Brasil, há muitas crianças abandonadas.
OBS: o verbo existir não é impessoal, logo possui sujeito expresso na frase, concordando normalmente com ele. Ex: havia quatro pessoas interessadas na vaga (inexistente) / existiam quatro pessoas interessadas na vaga (tem como sujeito “quatro pessoas”)
Tipos de predicado:

Predicado Verbal

Quando o predicado é verbal, a informação está centrada num verbo, assim, o verbo é o núcleo do predicado.
Ex: os dois garotos brincavam na praia.

Predicado Nominal

Quando o predicado é nominal, a informação está centrada num nome (o predicativo do sujeito), que é o núcleo do predicado. Nesse caso, o verbo não tem conteúdo significativo, é um verbo de ligação. Ex: Paulinho parece triste. Ex2: Jorge é sempre um cara legal. Raimundo vive solitário.
OBS: verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, parecer, virar, tornar-se, andar, viver.

Predicado Verbo-nominal

Quando o predicado é verbo-nominal, a informação está centrada em dois núcleos: um verbo significativo e um nome (predicativo do sujeito), ou seja, o predicado verbo-nominal tem dois núcleos.
  • Ex: os jogadores entraram em campo às 5 horas (Predicado Verbal)
  • Ex: Os jogadores estavam animados (Predicado Nominal)
  • Ex: Os jogadores entraram animados no campo (Predica Verbo-Nominal)

  • Ex: A professora irritada chegou (Predicado Verbal)
  • Ex: A professora é irritada (Predicado Nominal)
  • Ex: A professora chegou irritada (Predicado Verbo-Nominal)

Sentido conotativo e denotativo:
Sentido denotativo - Sentido próprio da palavra (sentido do dicionário)
Sentido conotativo – sentido figurado da palavra (aquele que se abre às metáforas e às demais figuras de linguagem).



Complemento verbal:
Complementos verbais são termos da oração que complementam o sentido de verbos.
·         Objeto direto: completa o sentido de um verbo transitivo direto. Ex: Gabriela comprou morangos.
·         Objeto indireto: completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Ex: Gabriela gosta de morangos
Os pronomes pessoais oblíquos são complementos verbais:
o   O / A/ OS / AS – objeto direto
o   LHE / LHES – objeto indireto
o   ME / TE / SE / NOS / VOS – podem ser objeto direto ou indireto, depende da predicação verbal.
                                                              Ex: ele me contou a história - objeto indireto
                                                              (quem conta, conta algo a alguém)

                                                              Ex: ele me atrapalhou – objeto direto
                                                              (quem atrapalha, atrapalha alguém)


Adjunto adverbial:


O adjunto adverbial pode indicar inúmeras circunstâncias, entre elas:

·         Lugar – moro em são Paulo
·         Tempo – saí cedo
·         Modo – comportou-se mal
·         Intensidade – comeram muito
·         Causa – morreu de tuberculose
·         Instrumento – cortou-se com a faca
·         Negação – eles não estudaram
·         Finalidade – preparou-se para o exame
·         Assunto – falavam sobre política
·         Meio – fui para casa de ônibus
·         Dúvida – talvez eu viaje
·         Companhia – ela foi com as amigas.
·         Conseqüência – morreu na contramão atrapalhando o tráfico
·         Afirmação – certamente ele vai para a escola

OBS:
Ø  O adjunto adverbial é INVARIÁVEL.
Ø  Modifica o sentido do verbo, do advérbio e do adjetivo.
Ø  O verbo IR é sempre intransitivo, vindo sempre acompanhado de um adjunto adverbial de lugar.



Adjunto adnominal:

“aquelas duas alunas estudiosas resolveram os problemas difíceis”

Sujeito: aquelas duas alunas estudiosas (núcleo: alunas)
Objeto direto: os problemas difíceis (núcleo: problemas)

Entorno do núcleo reúnem-se outras palavras com a função de caracterizá-lo. Essas palavras recebem o nome de adjuntos adnominais.


O adjunto adnominal pode ser representado por:
·         Artigo – o aluno comprou um livro
·         Pronome adjetivo – aquele aluno comprou este livro
·         Numeral adjetivo – dois alunos compraram três livros
·         Adjetivo – alunos interessados compraram livros antigos.
·         Locução adjetiva – cantores do interior receberam disco de ouro
·         Uma oração – os alunos que se dedicam sempre se saem bem.

OBS
Ø  O adjunto adnominal é variável, concorda em gênero e número com o substantivo.
Ø  Complemento Nominal VS Adjunto Adnominal:
Ø  Assim como há verbos que exigem complemento, há nomes que também pedem complemento, ou, do contrário, teriam seu sentido incompleto dentro da frase. Esses complementos nominais são sempre introduzidos por preposição.
Ø  O complemento nominal é um termo indispensável, integrante. Já o adjunto adnominal é um termo dispensável, acessório, que qualifica o nome.
Ø  O complemento nominal pode estar ligado a um substantivo, a um adjetivo ou a um advérbio. Já o adjunto adnominal está sempre relacionado ao substantivo. Então, a dúvida vai existir apenas quando o termo preposicionado estiver relacionado a um substantivo.
Ø  Esse argumento é favorável a todos nós (complemento nominal)
Ø  A empregada quebrou o jarro de cristal (adjunto adnominal)
Ø   
Ø  Se o termo preposicionado for agente da ação, a sua função é adjunto adnominal. Se ele for paciente da ação, a sua função é complemento nominal:
Ø  A produção de leite caiu muito à complemento nominal (o leite é produzido por alguém – papel passivo)
Ø  A produção da fábrica caiu muito à adjunto adnominal (a fábrica produz – papel ativo)
Ø   
Ø  Quando o termo preposicionado complementar um substantivo concreto, ele vai ser sempre adjunto adnominal:
Ø  O elevador do prédio quebrou (adjunto adnominal)
Ø  A reforma do prédio vai começar (complemento nominal)


Vozes verbais

A voz é uma forma de flexão adotada pelo verbo a fim de exprimir a posição do sujeito face ao processo que se enuncia.
·         Voz ativa à o sujeito é agente da ação verbal.
Ex: Sérgio Cabral venceu as eleições no Rio.

·         Voz passiva à o sujeito é paciente da ação.  
o   Analítica à Verbos ser ou estar + particípio do verbo principal + agente da passiva.
Ex: a maçã foi cortada pelo menino / As casas são alugadas pelo corretor
o   Sintética à Verbo transitivo direto na 3ª pessoa + SE + agente da passiva.
Ex: vendem-se casas / Compram-se carros velhos.

·         Voz reflexiva à o sujeito pratica e sofre a ação
o   Recíproca à Quando há um sujeito composto e o verbo indica que um elemento do sujeito pratica ação sobre o outro, mutuamente.
Ex: Thiago e Julia se casaram / Eles se beijaram
o   Pronominal à Quando há um sujeito simples e o verbo indica que ele está praticando a ação e sofrendo ao mesmo tempo.
Ex: Ela se olhou no espelho / João cortou-se com a faca

OBS: Nem todas as frases conseguem ser transformadas para a voz passiva. Essa passagem só acontece quando o verbo é transitivo direto.

Ex: Precisa-se de empregado (verbo transitivo indireto) à voz ativa
Ex: Vive-se bem aqui (verbo intransitivo) à voz ativa

Crase:
A crase é a junção da preposição A com o artigo definido A.

Quando há duvida, podemos substituir a palavra precedida pela crase por outra palavra masculina. Se esta for precedida pela combinação AO, deve-se usar crase.

Sempre ocorre crase:
·         Na indicação de horas. Ex: cheguei às 4 horas
·         Na expressão “à moda de”, mesmo que a palavra venha oculta. Ex: usam sapatos à (moda de) Luis XIV.
·         Nas expressões adverbiais femininas. Ex: cheguei à tarde (tempo) / Falou à vontade (modo)
·         Nas locuções conjuntivas e prepositivas constituída de palavras femininas, como à medida que, à proporção que, à força de, etc. Ex: à medida que o tempo passava, eu ia ficando mais e mais cansado.

Pode ou não ocorrer crase:
·         Antes de nome próprio feminino. Ex: não me referia a (à) Maria Clara.
·         Antes de pronomes possessivos femininos. Ex: Por favor, dirija-se a (à) sua colega

Não pode ocorre crase:
·         Antes de palavra masculina. Ex: Andei a pé
·         Antes de verbo. Ex: estou apto a fazer a prova.
·         Antes de pronomes em geral. Ex: não estou me referindo a ela.
·         Nas expressões formadas por palavras repetidas. Ex: fiquei cara a cara com o guarda.


Figuras de Linguagem:


Metáfora à valores novos que se atribuem a uma palavra, diferente daquele que está no dicionário.
Ex: Estou morrendo de fome.

Comparação à quando o sentido figurado da palavra é antecedido por uma expressão comparativa.
Ex: Você está sujo como um porco.

Gradação à quando são expostas determinadas idéias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).
Ex: Eu concebi as idéias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo.
Ex2: Para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!

Ambigüidade à duplo sentido.
Ex: seja como o Dunga, não use craque.

Personificação à consiste em atribuir a seres inanimados predicados próprios de seres animados.
Ex: a televisão me diz se faz sol ou se faz chuva.

Paradoxo à é uma proposta ou opinião contrária à comum, uma contradição que nos remete a uma falta de lógica.
Ex: na caixa do poeta cabe o incabível.

Antítese àConsiste na exposição de idéias opostas.
Ex: O Sol e a Lua se unem

Hipérbole àExagero de uma idéia para torná-la mais expressiva.
Ex: Já te liguei mais de 500 vezes.

Só falta a partícula “SE”, mas é fácil, é só pesquisar.
Direitos autorais: Bernardo Portilho

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